quarta-feira, 20 de julho de 2011

as desventuras na terra do tango

cinco diárias do plano de viagem sobrando mais a mania que tenho de sempre passar meu aniversário em viagem. combinação perfeita. mas, onde ir? deu vontade de rever a terra do tango. convidei o lucas. ele topou. o andré não me deu bola. a sorte estava lançada. eu e lucas e  a primeira vez que o menino sairia do país. confesso que bateu um certo estresse. cuidar sozinha de filho em outras paragens me assusta, mas....na verdade..não foi só eu quem cuidou....as artes começaram antes mesmo do embarque. a sônia inventou de pintar minhas unhas de azul. para agradar ela, deixei. há uma semana que estou com as mãos de spicy girl....simplesmente não consigo reconhecer minhas mãos como minhas....no embarque para buenos aires, um momento de tensão. a tonta da moça da gol só nos deu o cartão de embarque do trecho brasília-são paulo....o resultado foi uma correria em guarulhos para conseguir pegar o outro avião...mais tarde, percebemos que nem precisávamos correr. vôo atrasado em uma hora...bom...chegamos no fim da tarde, dia de jogo: argentina e uruguai (esse é meu time desde a copa). eu e lucas num boteco jantando. tv ligada e los hermanos torcendo apaixonadamente. eu lá...na minha torcida silenciosa por forlan, loco e cia. partida ganha...caminha...manhã gelada e lá vai eu muito exibida contar pro lucas que ia usar a minha bota forrada comprada na frança...metida! gabola!! me achando!!! duas meias e a bota..saio toda pimpona e me gabando de que tinha pés quentes e ele de tênis. cinco quarteirões do hotel e um barulho de durex sendo puxado. era o solado da bota...desgrudou...lá fomos nós dois de volta pro hotel. eu só com um pé de bota....tive que sair de tênis. o dia seguinte amanhece chuvoso e gelado. odeio chuva. resolvemos conhecer o shopping de buenos aires e andar de metrô. tudo certinho. na volta, precisava ir ao banco e a chuva apertando....logicamente que o lucas estava protegido e eu virando um monte de roupa molhada. paramos numa venda e comprei um guarda-chuva vermelho. não durou duzentos metros. o vento não era para sombrinhas de dez pesos. e agora? lucas achou uma banca que vendia ponchos (são aqueles sacos de plástico enormes para proteger da água). o problema era que só havia amarelo ou rosa. escolhi o amarelo. parecia um enorme saco de lixo...todo mundo lindo e chique na calle florida.....dei um jeito de me livrar da minha fantasia de reciclável. comprei uma jaqueta vermelha (imitava as da ferrari). lá pelas tantas, uma dona me perguntou se eu era corredora de automóvel. - não, né! sou só uma brasileira sem roupa elegante pra chuva . fomos para casa....o outro dia passou tranquilo..em compensação, na quarta-feira...decidimos caminhar do hotel (centro da cidade) até o cemitério da recoleta. passeio tranquilo.  nenhum tropeção. uma coisa! adoro ir a cemitérios antigos. morro de medo das estátuas....na saída, comprei uma coca light e tive a grande ideia de guardar na mochila (onde estavam todas as minhas coisas) a garrafa com o resto do refrigerante...muito que bom! lá pelas tantas, fui ao banheiro...goteira no meu pé. "que porcaria de banheiro que tem goteira!!" olhei direito. a goteira vinha de mim. a garrafa tinha furado e a mochila virara um grande copo de coca. tudo molhado!! uma bagunça!!! mas, o jeito era achar graça. mais caminhada..fomos até o jardim japonês. volta de táxi..chegando no hotel..ida ao banheiro e banho. duas torneiras. uma de água gelada e outra de água fervente. uso a privada e lá vai eu pro bidê. abro a torneira errada! dei um pulo! água fervente jorra no banheiro. não sabia se ria ou chorava de dor....vira o lucas, depois de ouvir a história: ô, mãe!!!