sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

jesus não tem dentes no país dos banguelas

faço parte de uma minoria. tenho todos os meus dentes, contando aí os quatro sisos. são todos meus. é claro que alguns estrupiados por conta da má escovação na infância, um aparelho de dentes móvel, mania de mastigar tampas de caneta e por aí vai. mas estão todos lá. um ao lado do outro. como crianças em ciranda, só que não apenas de mãos dadas. um apoiando o próximo, dando conforto ao companheiro. pesquisei e aprendi que metade dos brasileiros entre 35 e 45 anos já perdeu ao menos 12 dentes e cerca de 80% dos idosos no país têm menos de 20 dentes. sou, portanto uma minoria e sempre fiz a mais absoluta questão de continuar a ser. pode parecer uma bobagem e confesso que até é. mesmo se perder cinco deles vou continuar a ser minoria. se tiver em mente a fome na somália, a aids em alguns países africanos, a opressão às mulheres em algumas nações mulçumanas, a dor das mães de jovens paulistas que perdem a vida todo o dia, meus dentes são absurdamente insignificantes. e assim eram, pelo menos para mim, até uns dez dias atrás. eles não costumam criar caso e nem mostrar suas figuras na medina. são amareladamente discretos. mas um deles resolveu ser protagonista de um show. um espetáculo solo. começou com uma dor boba, que foi aumentando, crescendo. até que decidiu ficar insuportável. médico, injeção, remédio, enjoo por causa do remédio, angústia, astral no pé. socorro da minha dentista linda, lágrimas, soluços...mas sem um diagnóstico preciso. só uma tomografia poderia responder. assim aconteceu e a alternativa mais provável é que deixarei de ser dona desse dente. será substuído por um de mentirinha..coração completamente partido. uma tristeza danada. sei que é uma mais completa besteira...sei que nada vai mudar na minha vidinha depois de não ter mais meus 32 dentes, mas simplesmente não consigo deixar de me importar muito. a ciranda será quebrada. o pré-molar do lado esquerdo em baixo vai ficar desamparado. sem ter em quem encostar o ombro..imagina a sensação dele! depois de anos e anos vai estar sem um colo. ah! "vou chorar. desculpa, mas eu vou chorar" e posso me consolar ao saber que jesus não tem dentes no país dos banguelas...vou virar uma banguela!!!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

o meu natal

ontem foi dia de montar a nossa árvore de natal. curto demais da conta esse ritual, que nos últimos anos tenho feito apenas com os dois meninos...a nossa árvore tem história. ela, em si, é velha de marré e muitos dos enfeites são do meu primeiro natal como mãe...alguns estão meio estrupiados..faltam uns pedacinhos, mas há 23 anos, todo dezembro, eles saem da caixa e enfeitam a nossa sala - claro que há renovações constantes. e há regras..para começar, é o manoel quem decide o dia de montar a árvore...ele vai na despensa, pega a dita-cuja, monta lá fora para espantar o mofo e posta no lugarzinho certo...não fala nada..simplesmente avisa que chegou a hora...ao mais velho cabe a função de espetar a estrela no alto da árvore, mesmo porque só ele alcança..o mais novo é responsável por passar os fios das luzinhas e ele sempre nos lembra que isso é a primeira providência...fica muito mais difícil com os enfeites já pendurados. eu escolho a trilha sonora e convoco a moçada. normalmente é um ritual animado com cerveja..essa minha boa relação com o natal é meio complicada de explicar...não existe qualquer conotação religiosa. tanto é que um querido nunca me deseja feliz natal...sempre é: bom feriado. ainda assim, eu adoro...amo comprar milhares de presentes...amo ganhar milhares de presentes..reclamo da festa no dia seguinte - sempre reclamo, mas adoro. a casa fica cheia..protesto também aos montes...pareço uma velha resmungando da luz esquecida acesa, do uso do meu banheiro, da população que deita comigo na cama, nos ataques ao meu closet, mas simplesmente amo. é chegou o natal, mas o melhor de tudo é que 2012 está quase partindo...nem vou sentir saudades...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

os anjos

sou uma descrente. não creio em nada sobrenatural. sou fã da ciência e tenho a absoluta certeza que tudo vai acabar no momento em que meu cérebro parar de funcionar. sem segunda chance ou um recall. o bom dessa minha certeza é que se eu estiver errada, a surpresa vai ser um espetáculo. mas, se não tenho crença no divino ou em qualquer espécie de divindade, eu tenho uma fé absurda no ser humano. gosto dos homens, apesar de alguns não corresponderem muito. sim, há pessoas más. pessoas que fazem maldade. ou pior, pessoas que gostam de fazer maldades, mas a maioria, pelo menos entre as que conheço, é boa. gente boa. e entre essas, há os que são anjos. anjos que quando eu estou em apuros cuidam de mim e, o melhor, o cuidado é totalmente de grátis. ou não..mesmo porque muitos desses sabem que eu também posso ser um anjo, apesar de algumas feiúras que pratico de quando em vez...mas, apesar de fazer certas coisas horrorosas, estou bem longe de ser uma pessoa horrorosa. dia desse eu senti uma dor absurda. soube exatamente quem poderia me ajudar. uma ligação e esse anjo estacionou o carro aqui na minha porta em dez minutos. me levou ao hospital, olhou para mim com carinha de pena enquanto a minha veia era enchida por remedinhos. me deu de comer e me entregou em casa. na manhã seguinte, eu precisei de mais cuidados. e mais um anjo, ou anja. ela desmarcou a agenda para cuidar de mim..procurou jeitos para fazer a dor diminuir e eu poder pegar um avião..lá pelas tantas não suportei  e chorei.... a anja não deu conta e chorou junto..ela sabia o tamanho do sofrimento físico...e por aí vai..outra anja cuidou de mim na viagem...o anjo do hospital me levou ao cinema no sábado  para ver o filme mais bobo do mundo...mas esse anjo me conhece e sabe o tanto que um filme ruim, um balde de pipoca e um de coca zero me fazem bem...e são muitos outros anjos. quando a grana encurta mais do que devia há um de plantão para ajudar..quando estou louca para viajar, lá vem outro...morta de fome, lá vem um com a mão cheia de pão de queijo...esses anjos só aumentam a minha fé na vida, minha fé no homem, minha fé no que virá...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

o velho amor chegou....

canceriana que se preza, depois do primeiro beijo, já planeja o casamento...na vida real,  nem quer se casar com o moço, mas simplesmente não resiste e passa a fazer os planos casamenteiros de são pedro. o problema é quando o moço do beijo acredita que a arrumação é real. dia desses essa canceriana ouviu: eu não quero me casar agora...a que de pronto respondeu: quem te disse mesmo que eu quero casar? o moço replicou: mas você já até escolheu as músicas do casamento...pois é..ele tem razão...está escolhida a trilha sonora. isso não significa, porém, que o noivo esteja eleito e nem ao menos se a noiva quer, de fato, brincar de casinha de novo. a verdade é que apesar da sonorização: zezé di camargo (é o amor), fábio júnior (alma gêmea), zé renato (a hora e a vez) e beatles (here, there and everywhere), os casamentos não estão nos planos imediatos...na vida adulta, a canceriana passou muito pouco tempo sem marido e a  fase é de achar isso divertido - não se sabe até quando, porém, mas não é plano de vida nesta segunda-feira...mas, vez em quando a vida prega peças, quando, por exemplo, um velho amor ressurge...sabe quando se amou bastante e não funcionou...e depois de um tempo de lambidas, a ferida cicatrizou..e quando nem marca mais na pele, esse velho amor pula na frente e grita: ó, tô aqui...e aí  simplesmente é necessário novamente lidar com um sentimento que já não estava mais na agenda...mas, ele - o velho amor - fica dando saltitos na frente e não está claro o que fazer com ele...a vida mudou, a moça mudou, mas o amor não (apesar da certeza que sim)....outros amores surgiram neste intervalo, outros estão para surgir, mas o velho está lá...e ele é grande, é importante...e aí? e o pior é que não há qualquer certeza se ele voltou para ficar ou se veio apenas fazer uma visitinha...deixa chegar ou despede de vez??

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

a nina e o tufão...

leio na internet: "ontem eu entrei (em casa) e ela estava se arrumando. me deu vontade de chorar, de tão linda que ela é. ela é a única que preenche todo o formulário. é tudo sim, sim, sim." a fala é de murilo ao descrever o que sente quando vê a débora. a paixão transborda. o moço está babando pela atriz. pois é, o casal depois de negar por alguns dias o relacionamento, que já era manchete nos sites e programas de fofoca, resolveu assumir o namoro. mesmo porque para os dois, que já eram famosos e estão ainda mais após o sucesso da novela, é praticamente impossível namorar escondido. murilo, no entanto, ponderou que era melhor dar um tempo antes de tornar a relação pública...dois eram os motivos: não atrapalhar a novela e proteger os respectivos ex. como uma verdadeira candinha andei vigiando esse namoro e confesso que com uma pitada de inveja. inveja não do casal, mas da maneira como eles buscaram a felicidade. murilo e débora eram casados com outras pessoas. não tenho a menor ideia de como que se deu o início da paixão, mas com ela instalada, os dois trataram de se afastar dessas relações para que livres vivessem o amor que recém-nascera. murilo e débora deram prioridades à felicidade dos dois. podiam fazer como eu já fiz, ou como assisto muitos fazerem de ficar enrolando histórias infelizes até que o amargor tome conta da alma. certo que devem ter causado dor nos ex-parceiros, mas fala a verdade....todo mundo já deu ou levou um pé e ninguém - ou pelo menos os que têm mente sã - morreu por conta disso. levar pé faz parte da vida. o murilo e a débora terem escolhido ser felizes é absurdamente invejável. boa sorte para eles e boa sorte para cada um que toma decisão parecida!

domingo, 30 de setembro de 2012

foi por medo...que segurei a sua mão

do mesmo tanto que gosto de viajar, morro de medo de avião. até disfarço, faço cara de paisagem, coloco o ipod gritando no ouvido...quem vê nem diz que a passageira da poltrona 20f está em pânico total. mas, como sou uma viajadeira e do tipo que quando vai de carro fica perguntando...quanto tempo falta para chegar? falta muito? onde a gente está? o jeito é envelopar o medo e fazer de conta que não apenas os passarinhos voam, mas também os aviões. aí, enfrento com galhardia..mas, toda santa vez que piso meus dois pesinhos 36/37 em uma aeronave, tenho a mais absoluta certeza que o avião vai cair e vou morrer na queda...nunca caiu..aliás, o máximo que já aconteceu foram umas turbulências mais nervosas...ainda assim, juro que deste voo eu não escapo...na sexta, morta de sono, vinda de uma semana mal dormida e com o coração batendo um tanto descompassado, me vi num avião...loguinho, loguinho me veio a ideia maléfica, má que nem a cruela cruel, que iria me estatelar no chão...e como loucura pouca é bobagem, fiquei imaginando quem choraria minha morte...os que me amam muito, acho que sofreriam, mas fui além...como será que aquele moço que eu desconfio que gosta muito de mim iria reagir? o meu lado otimista (sim, ele gosta) respondia que o gajo iria sofrer pra burro...já o pessimista (não, ele não gosta) me dizia que o sujeito iria jogar as mãos para os céus e agradecer por eu ter ido cantar em outra freguesia!!! e os que não me suportam? como será que receberiam a notícia? e os meus 115 ouvintes? sentiriam falta da taquara rachada? avião não caiu...nem pulou, nem me assustou..nem nada...que nem gaivota...e no domingo...tudo de novo!!! e nem havia um lindo ao lado para eu segurar na mão!!!

sábado, 15 de setembro de 2012

as cartas apaixonadas

não sou uma pessoa de muitos ídolos. o chico é um com certeza, mas não sou muito de me apegar..nunca fiz parte de um fã-clube. as vezes que peguei autógrafo foi mais pela graça, pela arte do que por paixão pelo artista...mas, apesar desse meu distanciamento de ídolos, há uma pessoa que eu adoro. adoro, admiro e quase que invejo a figura que foi frida khalo. me encanta a coragem que ela teve diante a vida. ontem mesmo conversava sobre a diferença entre uma vida grande e uma vida longa..virar quase uma tartaruga é uma vida longa, mas nada garante que foi uma vida grande...a da frida foi curta, marcada por dores intensas, por perdas enormes, mas ela decidiu que nem a precariedade física, nem a impossibilidade de se lambuzar nas delícias da maternidade, ou as idas e vindas do amor seriam suficiente para ela apequenar a vida. e lá foi frida khalo...pintando, escrevendo, amando, sonhando, se colorindo, sentindo prazer, dançando, fazendo amigos, bebendo, vivendo grandemente....nessa minha enorme admiração, por diversas vezes, apanhei brigas com diego rivera. ficava bravíssima de o sujeito infligir ainda mais dor na frida...será o benedito que não percebia que as dores já eram grandes demais da conta? tão enorme que segundo ela própria: "a única coisa boa é que estou começando a me acostumar a sofrer". o sofrimento estava lá..todo dia..toda hora, mas a mexicana se virava e fazia da vida uma vida grande...comprei agora pouco cartas apaixonadas de frida kahlo e fiz a feiúra de começar a ler na mesa do lanche, com amigas junto...até que uma me chamou a atenção - totalmente coberta de razão...mas deu tempo de ler uma carta enviada por frida para diego e a correspondência acaba assim: "toda esta raiva simplesmente me fez compreender melhor que eu o amo mais do que a minha própria pele, e que, embora você não me ame tanto assim, pelo menos me ama um pouquinho - não é? se isto não for verdade, sempre terei a esperança de que possa ser, e isto me basta....ame me um pouco...eu adoro você".

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

coragem, cabocla, coragem!

vez em quando ouço histórias que me deixam com ainda mais fé na humanidade. gosto de casos de pessoas que têm coragem. pode até ser uma coragenzinha besta, como encarar sozinha uma barata voadora cascuda e com 15 centímetros. ou grandes coragens, como largar uma carreira profissional que não satisfaz mais e mergulhar em uma história nova. ou, simplesmente recomeçar. bom, a história que ouvi é de uma moça que se apaixonou e por causa da paixão desmanchou o casamento e foi de cabeça viver o novo amor. é claro que ela está afogada em culpas, porque nós mulheres temos a infeliz mania de nos engasgar no monstro da culpa quando escolhemos a nossa felicidade ao detrimento do alheio....aí, abrimos mão de pensão para as crianças, dividimos os bens de maneira desigual...sei bem como é isso. já experimentei esse licor. mas, apesar da culpa, da sensação de ser uma vaca, a moça teve a coragem de ir...e foi...não a conheço para saber como ela está agora, mas imagino que apesar dos pesares todos, ela deve estar bem feliz. e não apenas porque voltou a amar, mas porque teve culhão para tentar, recomeçar e reaprender. aí, por conta desta moça, fiquei pensando nas minhas covardias..boto banca de cara valente, mas tenho umas falta de coragem que me constrangem. a maior delas é o medo de encarar o desconhecido sozinha...e é de uma besteira tão enorme...simplesmente tenho medo de viajar para longe desacompanhada...medo de ficar doente e não ter quem cuide de mim (como se eu não me cuidasse muito bem), medo de não ter com quem falar quando vir uma cena linda, medo de não ter com quem dar risadas..medo de comer sozinha...aliás, odeio almoçar e jantar sozinha quando estou fora de casa...preciso ter coragem para enfrentar esse medo, mas temo que ao fazê-lo eu fique impossível demais...fodona demais, sem limites demais...e aí mora o perigo....

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

sedução, caboclo, sedução....



passei quase toda a minha vida adulta casada ou namorando com os que viriam a ser maridos. fui solteira um pouco na adolescência, mas não por muito tempo, uma vez que comecei a namorar aos 16 e me enganchei com o moço que virou meu marido aos 18. solteira de novo aos trinta, mas logo me encantei por outro e ele me convenceu a casar. junto aos 40 mais um período de solteirice. confesso que estou achando um tanto comprido. gosto de brincar de casinha e de ficar quieta entre as minhas paredes coloridas de azul, branco, vermelho e com toques de verde...se bem que não faço muito esforço para mudar o meu estado civil, mesmo porque sou chata pra cacete...se for para casar, que seja um cabra bem bom...tô fora de moços mais ou menos...mas, enquanto isso, namoro e namoro...mas, nessa empreitada, tenho percebido uma certa falta de sedução por parte dos gajos. pode ser que tenham sido apenas coincidências, ou, simplesmente, os modos são outros e eu continuo a ser a mocinha do final dos 1980. vamos lá! mas antes é bom esclarecer que sou totalmente favorável ao sexo no primeiro encontro, no segundo, no terceiro - li dia desses que se até o terceiro, o moço não te fizer muito feliz, a providência é deleta-lo do facebook, do msn e da agenda do celular. sexo é bom, até mesmo o considerado apenas casual, mas acho que há um modo nos dias atuais que faz com que os homens acreditem que não precisam mais seduzir as mulheres. foram duas experiências bem parecidas...moços joia! um cantor e outro antropólogo. bem sujinhos. totalmente do meu número....mas não é que os dois cometeram a mesma bobagem de atacar antes de seduzir. foi um tal de colocar a mão onde não pedi e me mostrar o que eu não queria ver. O mais angustiante é que possivelmente teria acontecido o sexo, que eles queriam. bastava seduzir! bastava convencer a moça! bastava! Fico só pensando: pode ser tão bobo!!! e além: será que alguma moça gosta deste jeito?  

sexta-feira, 8 de junho de 2012

o canalha, o amor e o tesão

ouvi hoje de um canalha. um canalha de ficção, mas nem por isso menos letrado nas filosofias da canalhice...não que eu acho que esse adjetivo seja exclusivamente masculino. muito pelo contrário, mas dessa vez é. o sujeito é tão canalha que decidiu serem ingratas e loucas as duas mulheres que ele mantinha simultaneamente e que ficaram bem bravas quando descobriram a existência da sociedade. pois é. um legítimo representante da categoria é o cidadão. ainda assim, ele soltou uma pérola: sorte tem quem consegue amar e ter tesão pela mesma pessoa. confesso que não há como não concordar com o canalha da novela das nove. sem querer ditar regras, porque já estou na idade de ter como certo que cada um sabe bem onde o calo aperta e a partir daí faz as suas escolhas, mas tenho normas que servem para mim. não é possível amar sem tesão. é lógico que aí se trata de relação entre seres que se tocam nas partes pudendas. não consigo, simplesmente não dou conta de me imaginar em uma história de amor sem que eu morra de tesão pelo outro ser. dia desses saí de uma relação que era desse jeitinho. o toque dele na minha mão, mesmo que sem querer, ou que ele fingia ser sem querer, mexia com cada célula. eu via fogos de artifícios em cada momento em que estávamos com os corpos entrelaçados. mas, não havia amor. pelo menos não o suficiente para que continuássemos o nosso espetáculo de virada de ano por mais muitos anos. já experimentei também relações em que curtia ficar ao lado do sujeito, gostava da companhia, dava risada, moços bonitos, mas que sentia tesão zero..geralmente isso acontece quando o consorte não tem a menor ideia do que fazer para deixar a manceba satisfeitinha...sorte que foram poucos deste quilate e os que apareceram viraram história rapidinho. por óbvio não conquistaram meu combalido mas resistente coração...é o cadinho está coberto de razão. tiramos a sorte grande quando amamos e tesamos ao mesmo tempo!

domingo, 27 de maio de 2012

a bela e a fera e os meus preconceitos

o filme é com a audrey tautou. vigio a moça  há algum tempo. além de ser uma lindinha, bate um bolão como atriz.. filme com amor no título, mas francês, o que é um diferencial em comédias românticas. gostei do que vi, mas saí do cinema um tanto incomodada. na história a personagem da audrey se envolve com um sueco, mas ao contrário da imagem que temos dos homens daquele país gelado, o moço não era um louraço belzebu...era feio...bem feio. a diferença entre as carinhas dos dois explodia na telona e no filme foi alvo de uma série de preconceitos...o moço simplesmente era maltratado por ser o feio que namorava uma linda, como se aos menos favorecidos de aparência não fosse dado o direito de serem apaixonáveis. era esse o roteiro e foi  a razão da minha angústia, que aliás, à medida em que o tempo passava se dividia em outras angústias. logo de cara me perguntei se alguma vez alguém olhou para mim, quando enganchada em algum moço, e questionou que diabos aquele gato estava fazendo comigo. será que fui alvo desse preconceito de belezura algum dia? ou o contrário..já namorei moços muito magros, um tanto gorduchos, negros, hippies e por aí vai numa longa ficha corrida. será que alguns ou algum desses rapazes foi olhado com estranheza por estar ao meu lado? essa angústia é uma bobagem, me toquei logo...realmente, nunca fui muito de me preocupar com a opinião do alheio. pouco me lixando para o que pensa o resto do mundo..eu quero é ser feliz agora e desde que não faça mal a ninguém, o resto tá valendo. então, o que definitivamente me encanou foram os meus preconceitos. foi me perceber como sendo muitas vezes a pessoa que olha e repara os outros com viés preconceituoso. o que mesmo que eu tenho que achar alguma coisa da vida que não é a minha? ah! olha aquela lá! tem 65 e está com um moço de 30! que absurdo! aposto que ele está se aproveitando dela? e o que eu tenho com isso? ou então: nossa, como que pode a professora estar namorando um vigia de bloco? claro que pode, ora bolas! pode qualquer coisa e eu que aprenda a ser mais tolerante e viver com mais harmonia com as diferenças, afinal, como disse caetano, de perto ninguém é normal! muito menos eu!

sábado, 5 de maio de 2012

a minha linda...

ela foi surgindo aos poucos...por trás do  muro da casa vizinha..primeiro um clarão no céu. aliás, quem viu foram uns amigos que estão lá fora bebendo (começou com um churrasco à uma...a carne já acabou há tempo). aos gritos me chamaram: vem ver! vem ver!!! e lá fui..a minha linda me esperava...regiamente radiante! rainha, não! erro meu! uma deusa que ela é! dia desses de lua cheia e eu querendo impressionar um moço fui falando do meu amor pela lua...ele caiu na besteira de dizer que a lua também era dele...claro que não, né sujeito! ela é só minha! pra você eu dou o sol, as estrelas, cometas, nuvens, o azul, o amanhecer, a noite...mas a lua...é só minha!  (se ele ler esse texto vai se lembrar desta conversa). a lua é meu ato mais egoísta! é meu retorno aos dois anos, quando tudo é meu! a lua é minha! e aí, ainda me peguei pensando nas razões deste amor. por que tanto amor à lua? me toquei que o mais me encanta é a dependência que a lua tem de outros seres...a lua precisa da terra...a lua é iluminada pelo sol..precisa da luz solar para brilhar...gosto da dependência..me fascina entender que tal como a lua necessito do outro para viver! e que bom isso! a minha linda veio me ver!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

as noites e os chatos

já gostei mais de sair à noite. não sei bem o que se passa, mas ando em uma fase mais caseira. gosto da minha casa, do meu espaço. vez em quando, porém, eu saio...isso quer dizer umas duas ou três vezes na semana, quase nunca aos sábados. aprendi, depois que os meninos nasceram, que as noites que antecedem os domingos são para ficar bem quietinha lendo, vendo um filme, jogando baralho ou namorando. nesse sábado, um convite quase irresistível: ouvir músicas do raul, interpretadas por uma moçada da cidade. passei gloss, um rímel nos cílios, uma roupinha maneira e lá fui...a primeira impressão é que tinha me metido em um programa de adolescente (pensando a adolescência até uns 22 anos), mas resolvi relaxar e curtir...bom, com exceção de duas bandas, as performances foram sofríveis...raulzito deve ter se revirado - achei divertido, no entanto...voltando ao público pagante...a moçada era bem joinha, mas dois tipos que costumam se destacar nas noites marcaram presença. um é formado pela classe das periguetes. percebi, porém, que esse grupo se divide em dois: um é de moças muito bonitas, que não sei por que cargas d'água usam aquelas roupas tão curtinhas...andam tão peladinhas. o outro é das menos favorecidas em beleza e que tratam de mostrar as pernocas, barrigas e parte das peitolas...essas são as mais chatinhas. para procurar parceiros, elas não ficam em um lugar só..circulam o tempo todo e ao circular esbarram, trombam e nem de longe pensam em pedir licença ou desculpas..ah! e quando param em um lugar, se espalham e nem ligam se estão incomodando...outro tipo chato é a do bêbado peão..esse é fácil de detectar..tá na cara, na roupa e na quantidade de colares de ouro...essa categoria de homem não se toca..e assedia da maneira mais grosseira possível e o pior é que se ofende quando leva o toco...fica bravinho, quer briga..uma coisa medonha!! só vendo! pensando bem...mas, realmente pensando bem...quem deve estar ficando uma chata sou eu...pior: uma velha chata!!!

quarta-feira, 21 de março de 2012

feito para acabar

quando eu tinha uns 16 anos, baixaram lá em casa dois primos e um amigo dos moços. na verdade, eram primos da minha mãe e muito mais velhos do que eu. era uma adolescente total, no terceiro ano e me preparando para a unb. o que aconteceu é fácil de prever. me apaixonei perdidamente, enlouquecidamente, desvairadamente por um deles. daquela paixão que dói na pele. o moço morava no outro lado do mundo, tinha uma história de vida adulta por lá. definitivamente não era pro meu bico. quis nem saber. mergulhei nessa paixão de boca! vivi cada momento que pude. me lembro que fomos a caldas novas....só aí dá para imaginar o tamanho da paixão...para eu me despencar para caldas novas, eu tenho que, realmente, estar pensando apenas com o coração. é lógico que a minha mãe e os irmãos todos foram juntos..nem em sonho eu poderia viver essa aventura só com o moço, mas não sei como que eu fiz, mas consegui voltar sozinha com ele. nos despedimos para todo o sempre na rodoviária de goiânia. também não sei por que, mas o moço me deu a camisa que ele usava...a cena então foi a seguinte: eu sentada no meio fio da rodoviária, me acabando de chorar, enrolada naquele pedaço de pano verde...chorei...chorei...quando peguei o ônibus para casa, chorei mais um tanto. foi a minha primeira grande paixão!! e eu sabia que havia sido feita para acabar...ao longo da vida, foram algumas outras histórias com mesmo enredo...paixões enormes que eram datadas, mas mesmo assim decidi vivê-las...sem dó, sem medo, sem receios...é muito bom ser desse jeito...afinal das contas, apesar de serem feitas para acabar, qualquer maneira de amor vale a pena!!! qualquer maneira de amor valerá!! valeu, pequeno!!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

the maiden by the lake

era uma vez uma dama que vivia a beira de um lago. era uma dama que tinha tomado uma decisão na vida: nunca mais amar. o coração havia se partido de um jeito, que ela resolveu dar uma pausa nesse sentimento. tal resolução foi das mais doídas, porque a dama da beira do lago tem mania de amar e quando amando, ela é uma pessoa muito mais feliz...mas a vida estava assim...os moços...pobres moços não tinham qualquer chance..quando a dama percebia que havia possibilidade de quebra no compromisso do não amor, ela dava um jeito de se afogar no lago e nunca mais voltar. até que em uma madrugada, a dama, que naquela noite estava mais para a vagabunda (no espírito "a dama e o vagabundo'), entendeu que era chegada a hora. a dama da beira do lago decidiu que estava na hora de voltar a amar. simples assim.. depois de anos, ela se deparou com um sujeito que valia a pena. um homem que era amável.  a esse homem o mais profundo agradecimento e gratidão. a fez amar de novo e assim ser mais feliz. mas ao contrário da dama da beira do mar, a da beira do lago não pretende se encerrar em um sepulcro no reino próximo. ela não quer ir a lugar algum. apesar da teimosia de ser ainda mais feliz, a dama da beira do lago sabe bem que nem sempre a vida lá fora é a vida lá fora..ainda assim, ela vai teimar.. o futuro? o que há de ser? ah! ela não sabe não!! espera ele chegar!!





Annabel Lee

                                  Edgar Allan Poe




Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.

a mal amada com tpm

pois é. além de mal amada, estou com tpm...nas verdade, nem uma coisa nem outra, mas aposto que hoje, ou ontem, ou amanhã, alguém vai achar isso. aí, decidi questionar o mundo. o que é ser uma mulher mal amada? é a que não faz sexo? a que não trepa? será essa a mal amada? ou é aquela que está solteira? a pobre coitada que não consegue um homem para chamar de seu? essa é a mal amada? ou, no pior dos cenários, é a dona que não transa e nem tem namorado? afinal das contas, quem é essa mulher? acho que pode ser qualquer uma de nós. afinal das contas, o adjetivo ou advérbio (ou sei lá o que) serve mesmo é para ofender....ela é uma mal amada!!!! um bispo decidiu que a nova ministra da secretaria de política para as mulheres, eleonora menicucci,  é mal amada, porque ela declarou ser favorável que o aborto deixe de ser crime...o tal bispo da igreja católica, que é declaradamente contra o aborto, podia ter dito que a ministra está errada, ou que contraria a bíblia..ou qualquer outro argumento razoavelmente coerente...mas, não...sapecou o preconceito..mulher mal amada. como que nem a ministra, defendo o aborto legal, sou uma mal amada...e pronto e acabou!!! encalhada? não!!!! celibatária?? não!!! apenas mal amada, eu sou...e já que a ideia é mergulhar no preconceito, lá vou eu...toda vez que estou brava, irritada, injuriada com alguma coisa, é porque estou com tensão pré-menstrual...afinal das contas, mulher não pode ficar brava, nem ser enérgica, nem nada...coitada, está fora do normal!!! são os hormônios!!! bom, como nesse momento estou muito de poucos amigos é porque estou com tpm...sou uma mal amada com tpm!!! cuidado!!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

namorando na internet

antes mesmo que eu começasse a me lamentar por estar de volta ao time dos namorados-less recebi um conselho: refaz seu perfil naquele site de relacionamento...esse veio de uma querida, mas um pouco antes tinha lido uma reportagem no jornal dando conta que quando se tem entre 35 e 45, o melhor lugar para ajeitar um par são os sites especializados no assunto...bom, já que é assim! preciso confessar, porém, que já havia experimentado isso - em tempos totalmente desesperadores, o que nem é o caso atual. a experiência, porém, tinha sido um total desastre...mas, não custa nada tentar de novo....vai ver que, né!!! além disso, logo depois de mudar de status de relacionamento, eu fiz o favor de permitir que uma crise alérgica tomasse conta de mim...prefiro acreditar que foi apenas uma coincidência, mas pode ser que tenha sido uma consequência....a situação então era essa: de cama em casa com todas as ites possíveis e querendo achar um novo amor o mais rapidamente possível, antes que a dor do amor perdido fique grande demais. fui lá remasterizar a minha página no tal site...foto bonitinha, frases inteligentes, passando a impressão de que sou descolada, inteligente e interessante...metade é propaganda enganosa, mas.....bom, em uma semana recebi mais de quarenta mensagens - considero isso um relativo sucesso, mas não tenho qualquer parâmetro de comparação. a maior parte das mensagens, não leio, porque para ler, tem que pagar uma grana e ainda não decidi se quero aplicar meu rico dinheirinho nessa empreitada. mas posso ler o perfil dos moços que querem me namorar..e já que tenho tempo sobrando, pois o médico decidiu me trancar em casa, resolvi fazer isso..bom, são basicamente quatro os tipos de sujeitos que querem me namorar: os saradões e duros na faixa dos 25, os religiosos que querem me levar para o encontro de jesus, os casados que querem me comer e os que estão na faixa dos sessenta...descoberto o perfil, lá fui eu tentar desvendar as razões de cada grupo: os saradões de 25 são quebrados, então devem estar loucos por uma suzana vieira - com a vantagem que tenho idade para ser filha da atriz. os evangélicos têm mesmo essa mania de conversão, e há um grupo de homens casados viciados em casinhos. sobraram os homens de sessenta...esses eu não sei qual é a motivação...o que eu sei nessa brincadeira é que por enquanto está divertida. me perdoem as pesquisas, ou as estatísticas ou qualquer outra amostragem, mas não deve ter pior lugar no mundo para ajeitar um par perfeito do que sites de par perfeito.....ai, que bom que semana que vem eu já devo estar no rock de novo!!!!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

o chico, a lapa e o álcool

eu já sabia que a ida ao rio de janeiro iria trazer de volta as melhores lembranças dos últimos meses. recordações de três dias em que abandonei o mundo lá fora e fui imensamente feliz no universo particular. mas, o rio é o rio e não dá para ir tocando os dias sem dar um pulo por lá. de quando em vez a calanga do cerrado precisa de respirar maresia para continuar a toada....bom, sendo assim, pro rio de janeiro eu fui. o sol não me deu as boas vindas. manhã nublada e o cristo coberto pelas nuvens. logo cedo, eu e as meninas fomos bater perna nas lojinhas da nossa senhora de copacabana e ver as pessoas passando pelas ruas....muitas velhinhas mal humoradinhas....outras mais sacudidas e com astral melhor...como estava frio para os padrões cariocas, as moças estavam mais cobertas...bom, o propósito da viagem foi ver o chico. nove da noite estávamos em comitiva na porta da casa de show...todo mundo bonito e perfumado...afinal das contas, ver o chico é um evento...quase que nem um baile da cinderela...logo surge ele no palco. roupa escura, corpo magro, cabelo cinza e aquela voz do chico...por duas vezes, a maré dos olhos encheu e jorrou água...uma por conta da saudade recente de ser a pequena...a outra foi ao ver a lelê chorando....ao final, abandonei a pompa e a cerimônia e no bis virei tiete do gargarejo...encantados, caminhamos até a lapa, onde se deu início a uma maratona etílica....péssima ideia....a combinação saudades, chico, lapa e álcool é demasiada para qualquer freguês e mais grave ainda para quem acabou uma história antes do fim do amor....como diz meu amigo, maurício, celulares deviam vir com bafômetro...o sinal tinha que sumir a qualquer cheiro de álcool...por isso, fica um bom conselho: se o coração está apertado, fique bem longe das lembranças, do chico, da lapa e do álcool....a dor encapsulada volta que volta!!!!!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

sem adeus

afogado em uma pilha de pedras, tijolos, poeira e entulhos, um moço de 34 anos deu conta de pegar o celular e ligar para a namorada. foram apenas duas palavras: oi, amor. depois disso o mais completo silêncio. nem mais um sinal. o amor ficou mudo. a moça não conseguiu se despedir. não foi dada a ela a oportunidade de confessar ao homem amado o tanto que ele significava para ela. restou apenas o silêncio. mentira, sobrou também uma dor enorme. a dor maior do mundo que nem ela sabe medir. muito politicamente incorreta que sou, quando  informada da morte de alguém, pergunto se o morto havia avisado que estava para partir. faço isso por acreditar que quando temos a chance da despedida, os rompimentos são menos violentos. podemos sentar e dizer ao ser amado todas as palavras de amor que economizamos por vergonha, mesquinharia, ou, simplesmente, porque o amor era a rotina. quando sabemos que aquela vai ser a última vez, podemos guardar na memória o último beijo. será que a moça do rio de janeiro se lembra como foi? um selinho de oi, ou um de perder o fôlego. conscientes do fim soprando na nuca, a última vez do amor pode se transformar quase numa oração. ah! se a gente soubesse que nunca mais, talvez faríamos tudo diferente!! tudo muito melhor!!! nada mais triste do que histórias de amor que terminam antes de acabar o amor....oi, amor.




quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

aquele beijo

mais eficiente do que a digital do polegar é o beijo. tal qual as marcas do dedo, ninguém beija igual. cada beijo é um beijo. cada um gosta de beijar de um jeito e gosta de ser beijado de uma maneira. tem quem goste de beijos tranquilos. mesmo quando intensos, tranquilos. beijos que começam só no encosto dos lábios e aos poucos vão ganhando a boca inteira. mas, nem por isso menos tranquilos. há quem goste  de beijos sem a língua invadindo cada espaço do ser....beijos que não deixam a bochecha ou a ponta do nariz molhados. beijos focados...beijos na boca, apenas na boca....e há os beijos de só  uma noite. aqueles beijos que não vão bisar. ninguém vai se levantar por eles e pedir que voltem à cena. há, por outro lado, beijos que não querem parar de beijar...beijos que quando você sai de perto da outra boca, tudo que o beijo quer é rever a tomada, repetir o ensaio, até que se alcance a perfeição. e assim como há beijos de um só, há aqueles que teimam em querer ser pela vida inteira, tal qual o amor até o fim dos tempos. o que diferencia um casal que orna de outro que não? os beijos, é claro...os casais que ornam sabem, sem treinar, sem ensaiar, sem combinar previamente qual o jeito certo de beijar...mas, o que não funciona de jeito algum é beijar alguém quando se quer beijar outro alguém, mesmo que na testa...quem sabe uma hora isso passa...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

to change or not to

mudei meu vídeo de cabeceira.....bom, isso não é bem verdade. o que fiz foi adicionar mais um. e foi pacote completo: dvd e cd com a trilha sonora....para variar é mais uma comédia romântica. adoro o estilo, mas os filmes têm que ser melhorzinhos do que a média...a maioria é ruim demais da conta...bom, o favorito do harém nesse momento é  "ps i love you". me reapaixonei pela história numa dessas tardes chuvosas de janeiro de brasília nas férias. uma zapeada e lá estava o gerard butler tentando devolver a vida a hilary swank, cuja alma havia morrido junto com o homem amado. mas, o que me seduziu ao ponto de eleger o filme para a categoria cabeceira foi a passagem em que ela diz a ele que  a partir daquele momento as vidas dos dois nunca mais seriam as mesmas. é incrível como acontecimentos tão inesperados ou simples acasos têm a competência de transformar nossas vidas para todo o sempre. quem diria que aquele beijo roubado num final de noite e com você ligeiramente embriagada poderia virar uma linda, porém triste história de amor? como pode ser possível que o amor da sua vida pelos próximos minutos ao menos, seja aquele sujeito sentado ao seu lado e para quem você nunca deu a menor bola? ou é razoável sua existência ser totalmente revirada por uma mensagem no celular do alheio, ou uma aprovação completamente pouco razoável em uma prova? o comum de todos esses acontecimentos é que nenhum era esperado e pimba!!! mudaram a minha vida!!!! como não poderia ser diferente, cada uma dessas histórias veio junto com prazer e com dor. afinal das contas, mudar dói pacas!!! de repente trocar suas convicções mais firmes por uma paixão!!! a cabeça questiona 24h por sete. não tem um minuto em que você não se pergunta "what a fuck?" o pior é que nesse turbilhão de questionamentos, você deixa de perceber a mágica do inesperado. como o destino agiu alheio à sua vontade. e como a vida fica muito mais engraçada assim!!! minha vida nunca mais será a mesma depois de você e que bom que não!!!