sábado, 15 de setembro de 2012

as cartas apaixonadas

não sou uma pessoa de muitos ídolos. o chico é um com certeza, mas não sou muito de me apegar..nunca fiz parte de um fã-clube. as vezes que peguei autógrafo foi mais pela graça, pela arte do que por paixão pelo artista...mas, apesar desse meu distanciamento de ídolos, há uma pessoa que eu adoro. adoro, admiro e quase que invejo a figura que foi frida khalo. me encanta a coragem que ela teve diante a vida. ontem mesmo conversava sobre a diferença entre uma vida grande e uma vida longa..virar quase uma tartaruga é uma vida longa, mas nada garante que foi uma vida grande...a da frida foi curta, marcada por dores intensas, por perdas enormes, mas ela decidiu que nem a precariedade física, nem a impossibilidade de se lambuzar nas delícias da maternidade, ou as idas e vindas do amor seriam suficiente para ela apequenar a vida. e lá foi frida khalo...pintando, escrevendo, amando, sonhando, se colorindo, sentindo prazer, dançando, fazendo amigos, bebendo, vivendo grandemente....nessa minha enorme admiração, por diversas vezes, apanhei brigas com diego rivera. ficava bravíssima de o sujeito infligir ainda mais dor na frida...será o benedito que não percebia que as dores já eram grandes demais da conta? tão enorme que segundo ela própria: "a única coisa boa é que estou começando a me acostumar a sofrer". o sofrimento estava lá..todo dia..toda hora, mas a mexicana se virava e fazia da vida uma vida grande...comprei agora pouco cartas apaixonadas de frida kahlo e fiz a feiúra de começar a ler na mesa do lanche, com amigas junto...até que uma me chamou a atenção - totalmente coberta de razão...mas deu tempo de ler uma carta enviada por frida para diego e a correspondência acaba assim: "toda esta raiva simplesmente me fez compreender melhor que eu o amo mais do que a minha própria pele, e que, embora você não me ame tanto assim, pelo menos me ama um pouquinho - não é? se isto não for verdade, sempre terei a esperança de que possa ser, e isto me basta....ame me um pouco...eu adoro você".

2 comentários:

  1. Visitando a casa de Frida Kahlo há algum tempo tentei pensar em todos os grandes homens que ela amou, mas acabei pensando mesmo em seu sofrimento. Vi até uma cadeira manchada com fluidos de seu corpo e a cama com uma estrutura armada em cima para que ela pudesse pintar deitada. Acabei por sentir a presnça dela tão próxima que saí correndo da casa, para suspresa de amigos que me acompanhavam. PS O tal de Rivera era um cafajeste.

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    1. mas ela amava esse cafajeste de tal maneira que passo a crer que não era tão cafajeste assim...e morro de inveja de você ter ido à casa da frida...mas eu logo vou...ah, se vou!!!
      Larissa

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