quarta-feira, 22 de agosto de 2012

coragem, cabocla, coragem!

vez em quando ouço histórias que me deixam com ainda mais fé na humanidade. gosto de casos de pessoas que têm coragem. pode até ser uma coragenzinha besta, como encarar sozinha uma barata voadora cascuda e com 15 centímetros. ou grandes coragens, como largar uma carreira profissional que não satisfaz mais e mergulhar em uma história nova. ou, simplesmente recomeçar. bom, a história que ouvi é de uma moça que se apaixonou e por causa da paixão desmanchou o casamento e foi de cabeça viver o novo amor. é claro que ela está afogada em culpas, porque nós mulheres temos a infeliz mania de nos engasgar no monstro da culpa quando escolhemos a nossa felicidade ao detrimento do alheio....aí, abrimos mão de pensão para as crianças, dividimos os bens de maneira desigual...sei bem como é isso. já experimentei esse licor. mas, apesar da culpa, da sensação de ser uma vaca, a moça teve a coragem de ir...e foi...não a conheço para saber como ela está agora, mas imagino que apesar dos pesares todos, ela deve estar bem feliz. e não apenas porque voltou a amar, mas porque teve culhão para tentar, recomeçar e reaprender. aí, por conta desta moça, fiquei pensando nas minhas covardias..boto banca de cara valente, mas tenho umas falta de coragem que me constrangem. a maior delas é o medo de encarar o desconhecido sozinha...e é de uma besteira tão enorme...simplesmente tenho medo de viajar para longe desacompanhada...medo de ficar doente e não ter quem cuide de mim (como se eu não me cuidasse muito bem), medo de não ter com quem falar quando vir uma cena linda, medo de não ter com quem dar risadas..medo de comer sozinha...aliás, odeio almoçar e jantar sozinha quando estou fora de casa...preciso ter coragem para enfrentar esse medo, mas temo que ao fazê-lo eu fique impossível demais...fodona demais, sem limites demais...e aí mora o perigo....

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

sedução, caboclo, sedução....



passei quase toda a minha vida adulta casada ou namorando com os que viriam a ser maridos. fui solteira um pouco na adolescência, mas não por muito tempo, uma vez que comecei a namorar aos 16 e me enganchei com o moço que virou meu marido aos 18. solteira de novo aos trinta, mas logo me encantei por outro e ele me convenceu a casar. junto aos 40 mais um período de solteirice. confesso que estou achando um tanto comprido. gosto de brincar de casinha e de ficar quieta entre as minhas paredes coloridas de azul, branco, vermelho e com toques de verde...se bem que não faço muito esforço para mudar o meu estado civil, mesmo porque sou chata pra cacete...se for para casar, que seja um cabra bem bom...tô fora de moços mais ou menos...mas, enquanto isso, namoro e namoro...mas, nessa empreitada, tenho percebido uma certa falta de sedução por parte dos gajos. pode ser que tenham sido apenas coincidências, ou, simplesmente, os modos são outros e eu continuo a ser a mocinha do final dos 1980. vamos lá! mas antes é bom esclarecer que sou totalmente favorável ao sexo no primeiro encontro, no segundo, no terceiro - li dia desses que se até o terceiro, o moço não te fizer muito feliz, a providência é deleta-lo do facebook, do msn e da agenda do celular. sexo é bom, até mesmo o considerado apenas casual, mas acho que há um modo nos dias atuais que faz com que os homens acreditem que não precisam mais seduzir as mulheres. foram duas experiências bem parecidas...moços joia! um cantor e outro antropólogo. bem sujinhos. totalmente do meu número....mas não é que os dois cometeram a mesma bobagem de atacar antes de seduzir. foi um tal de colocar a mão onde não pedi e me mostrar o que eu não queria ver. O mais angustiante é que possivelmente teria acontecido o sexo, que eles queriam. bastava seduzir! bastava convencer a moça! bastava! Fico só pensando: pode ser tão bobo!!! e além: será que alguma moça gosta deste jeito?