domingo, 31 de janeiro de 2010

o tal rugby

é um caso de amor antigo. vem de 1995, ou 96, quando vi no cinema as pontes de madison. é a história da francesca, uma dona de casa do interior de iowa, por volta dos seus quarenta anos, casada e com dois filhos adolescentes. um belo dia, a família viaja, acho que para uma exposição de carneiros, e francesca conhece um fotógrafo da national geographic. passa ao lado de robert kincaid momentos nunca antes experimentados. se apaixona por ele, mas quando chega a hora de deixar a família e ir embora com o homem que amava, ela desiste e fica em casa. até a morte esconde ter vivido e abandonado o grande amor. foi aí que, assim como a francesca, me apaixonei por clint eastwood e olha que ele é republicano e republicanos suck! fui ver invictus este fim de semana. o novo filme do clint conta a história da ideia do recém-eleito nelson mandela de usar o rugby para minimizar os conflitos raciais na áfrica do sul. na época, em 1994, os negros jogavam o nosso futebol em campos de várzea e a elite branca praticava o tal rugby. a consequência é que a maioria da população torcia contra a seleção de rugby do país. mandela chamou o capitão da equipe de rugby - branco e de família racista - e juntos agiram para transformar esta realidade. não vale contar mais, porque o propósito não é atrapalhar quem for ver o filme e realmente vale a pena ir ver. se não for por outro motivo, que seja para conhecer um pouco de nelson mandela - brilhantemente interpretado por morgan freeman. tá certo que é romantizado, que ninguém é totalmente bom, como o filme faz crer que mandela é. mas, pensando bem. ao assumir a presidência da áfrica do sul, depois de 26 anos preso, mandela poderia ter partido para uma política de confronto, mas tomou o rumo da conciliação. invictus é o nome de um poema de william e. henley: "I am the master of my fate; I am the captain of my soul." soa piegas? pode ser, mas é sempre recomendável saber que, salvo em raras situações, em que o destino se torna protagonista, eu, e somente eu, sou responsável pela minha alma e pela minha sorte. está nas minhas mãos e não é delegável.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

you are my person

como não tinha o que fazer com o aparelho de dvd que comprei na promoção e os meus aposentos reais ainda não estão tendo o fim mais apropriado, eu instalei o aparelho no meu quarto. e aí? dvd instalado....tem que ver filmes ou séries. não me fiz de rogada e recomecei a ver grey's anatomy. até para me lembrar do tanto que era bom e como está ruim atualmente. bom...o grey's é inspiração para muitos textos, mas me fez pensar o tanto que é bom ter amigos. ter uma ou mais pessoa com quem você pode contar em qualquer que seja a situação. mas, para mim, amigo de verdade é aquele para quem eu posso ligar e dizer: olha! corre aqui que eu matei um cabra! e este amigo chega rapidinho na sua casa e te ajuda a esconder o corpo. claro que isso é uma hiperbole. não passa nunca pela minha cabeça matar alguém, mas pensa só. não é confortável saber que se tem amigos que vão te ajudar num momento extremo como esse?! amigos que não vão condenar, mas te ajudar. ajudar, inclusive na hora em que for me entregar na polícia e assegurar que cigarro nem chocolate e tratamento para emagrecer vão faltar na minha cela? porque quem tem amigos, tem tudo. eu tenho alguns. são poucos, na verdade. digo poucos, porque amigos não são colegas. ou companhias. são amigos. posso citar uns exemplos. eu sou petista de carteirinha. sempre fui. desde que me entendo por gente grande (mesmo quando não era assim tão grande). e não é que tenho uma amiga (e amiga de verdade) que na época do governo collor era e ainda é casada com um importante personagem daquela história. pois é. eu era e ainda sou grande amiga da mulher de um ex-colaborador do collor. tanto eu quanto ela fomos questionadas por conta disso. "como pode, você, ser amiga da mulher de fulano?", eu ouvi isso mais de uma vez. e? não obstante as diferenças políticas, ela é minha amiga e se eu for flagrada numa blitz de trânsito com o teor alcoolico além do permitido, sei que posso ligar pro celular dela, que ela vai me salvar da enrascada. e não só isso. vai assegurar que a minha bebedeira ao volante não vire manchete nos jornais. e isso é ser amigo. um outro exemplo é uma amiga que tenho há 37 anos. ela mora em são paulo e eu aqui. todo santo dia a gente se fala ao telefone. sem segredos. sem reservas. e olha que a gente tem o péssimo hábito de dizer o que pensa. e isso dói às vezes. quantas e quantas vezes quis apertar o pescocinho desta minha amiga. só que, mesmo quando ela erra, o que acontece pouquíssimas vezes, eu tenho a certeza que o que ela quer é o meu bem, porque ela é minha amiga e me ama incondicionalmente. e isso é absurdamente reconfortante. no seriado, a cristina diz para a meredith que ela, meredith, era her person. ainda bem que eu posso dizer isso para mais de uma pessoa: you are my person!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

antes do ódio

ando cada dia menos televisiva. sou viciada em seriados, mas esses eu vejo na tela do computador. então, a televisão é quase que só para noticiários, mas como ando de mal com a maneira como as notícias são embaladas..... mas, tava zapeando e parei numa cena da novela das oito, em que a helena discutia com o marcos no café da manhã. (não vejo novela, mas leio jornais e revistas e aí aprendo os nomes). ela o acusava de ter abandonado um filho e ele rebatia dizendo que a mulher tinha feito um aborto. luta livre perdia. e isso no café da manhã. não continuei a ver o capítulo, mas imaginei se pela manhã o clima era aquele, imagina quando a noite chegasse. melhor nem pensar. aí...me recordei do texto da martha medeiros que tinha lido há uns dias e que tratava de separação. ela questionava por que os casais ficam juntos até se odiarem, quando podem se separar quando de fato percebem que a relação não dá mais. e isso antes de começarem as cenas de pugilato (e aí vale pugilato moral e emocional). não sou phd ainda, mas já coleciono uma certa experiência na disciplina separação. e aí fui me analisar. não teria sido muito mais fácil e menos doloroso ter tomado a decisão que era inevitável antes de ter permitido que a dor e a raiva se instalassem em mim e no parceiro? vamos lá. na primeira vez, a relação era ótima, mas o amor acabou. quando percebi isso, não deveria ter avisado o moço e pedido pra sair? mas, não. fiquei lá torturando ele e depois ele me torturando. se eu tivesse sido mais razoável, talvez, fossemos hoje bons amigos. somos apenas dois estranhos. na segunda vez...era para ter botado um ponto final no primeiro flagra de traição, porque daquele dia em diante o que aconteceu foi somente fermentar a raiva e o desespero. fico imaginando quanta dor eu teria economizado. não teria, pelo menos, sido traída outras vezes e só isso já é um puta de um adianto. mas....será que eu aprendi? será que na próxima terei o bom senso de não permitir que o poço de rancor seja cavado e pedirei para sair? não sei......

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

as minhas jururuzices

eu andava feliz da vida. depois de muito tempo, tirei um período grande de férias e foi incrivelmente bom. cuidei de mim, tomei sol na praia, fiz ginástica, comi pouco e bem, curti as pessoas que mais amo. podia ter sido melhor. podia ter encontrado o novo amor da minha vida. afinal, eu decidi dar novas chances ao amor e apesar do que diz a charlotte, acredito que temos mais do que um soul mate. e se ela tiver razão, vai ver ainda não achei a minha. mas, mesmo sem ter conhecido aquele que será o aquele, tava tudo de bom! mas, ontem comecei a ficar absurdamente jururu. sabe quando os olhos ficam em maré alta, como diz a ângela? ou quando a pele dói, e o peito fica naquele aperto. eu tava assim no domingo. achei que era por causa de homem. que eu tava com saudades de me apaixonar. amanheci a segunda do mesmo jeito. fui correr na beira do lago - um passeio estonteantemente lindo, mas igualmente arriscado - para ver se passava. vai ver a endorfina daria um jeito. mesmo porque, desde quando decidi mexer com os músculos e ossos, resolvi que a corrida dá solução em tudo. não deu certo. vim pra casa, almocei e fui trabalhar. é, as férias acabaram hoje. e descobri a causa da tristeza. não é a volta ao trabalho. eu sou uma workaholic. eu adoro trabalhar. amo o que eu faço. costumo me divertir muito, mas.....de alguns anos para cá, o meu local de trabalho vem passando por um longo, contínuo e por enquanto sem solução, processo de deterioração. olhei para os rostos dos meus colegas - a enorme maioria tão cdf quanto eu - e vi a mesma angústia. a mesma desolação. o mesmo medo de um futuro incerto. os mesmos olhos em maré alta. soube que muitos estão pedindo demissão e outros tantos estão optando por não tomar posse. a sorte é que em menos de duas semanas estarei fora de novo - as férias que tirei eram de 2008. ainda tenho as de 2009 e as de 2010. é um alívio isso...mas até quando esperar a ajuda de deus?

domingo, 24 de janeiro de 2010

os bonzinhos e a chica

o quintal abriga três moradores fixos: urso, frida e chica. já foram mais, mas por conta da incompetência governamental com a saúde pública, nós perdemos o tony e o lula. dos três moradores, dois são uns santos. a frida e o urso não latem, não cavucam o chão, sabem andar na rua, não aceitam provocação de outros cachorros. são, de verdade, uns santos. em compensação, a chica é a rainha dos maus modos. tudo que se pode pensar que um cachorro não deve fazer, ela faz. o que mais incomoda é a mania de ficar quietinha o dia inteiro morgando e tocar o terror de madrugada. até que se ela fizesse a bagunça em silêncio, seria menos mau, mas ela late, late e late. e a chica tem a voz grossa. quem ouve o latido acha que é mais do que um labrador. para preservar a vizinhança, eu e a chica costumamos travar batalhas noturnas. quando ela tá impossível, eu grito do quarto e ela fica quieta. só que nesta madrugada, ela resolveu pagar para ver. mandei calar a boca e necas. me levantei, fui à janela e chamei para dar uma bronca. a danada, ao invés de vir, correu para bem longe de onde eu estava e latiu desafiadoramente. ah, é? a chica ficou de castigo. trancamos ela, às três da manhã, no canil pequeno. foi punida por não ser boazinha. hoje de manhã, morri de pena e pedi pro andré ir soltar. mais tarde, bateu a culpa. pois é. nem cachorro tem o direito de não ser bonzinho, cordato, gentil e conciliador. afinal, é assim que os morantes deste planeta têm que ser. os não bonzinhos ficam de castigo, são punidos, não recebem o reconhecimento que merecem. só pode se dar ao luxo de não ser bonzinho, quem se destaca em alguma coisa. o romário, por exemplo, não é bonzinho, mas é um craque. e o maradona, então. a carolina dieckmann tem fama de ser antipática. tudo que eu sei da moça é que ela processou a galera do pânico, porque não queria ser ridicularizada por eles. quer dizer: quem não suporta pagar mico para encher o bolso de uns outros poucos, é considerado difícil, antipático e por aí vai. o fagundes não deixa entrar nas peças dele quem chega atrasado. coisa mais enjoada....podem pensar uns. mas não é nada. por que ele tem que ser bonzinho com os atrasados que atrapalham a vida da maioria que chegou na hora? mas o fagundes pode ser assim. ele é bom o suficiente. exemplos não faltam e ainda bem. oras...imagina um mundo de bonzinhos. seria, no mínimo, chatérrimo. a sorte é que existem soltas por aí muitas e muitas chicas. e aqui em casa, temos que ver um jeito de deixar a nossa chica continuar a ser levada e sapeca, mas sem comprar uma guerra com a vizinhança. ah! chica, me desculpa.

sábado, 23 de janeiro de 2010

os meus medos - alguns deles

lá em rio verde, quando os anos eram ainda os setenta, havia o costume de os mortos serem velados em suas casas. aí....saia o cortejo até o cemitério. de quando em vez, da calçada onde brincava ou da janela, a menina dos seus cinco ou seis anos via o caixão com o povo atrás, descendo ou subindo a rua. com muito medo, ela corria para dentro da casa. para piorar a situação, uma das casas onde a família da menina morou ficava perto do cemitério, o que aumentava o fluxo de enterros passando pela porta. mas, para ser franca, a pequena também ficava aterrorizada com procissão. achava a coisa mais feia do mundo as imagens dos santos carregadas nos andores. igualmente horripilante eram as estátuas que ficavam em caixas de vidro nas igrejas, como se fossem caixões. mas foram com os cortejos dos enterros que tive o meu primeiro contato com a ideia da morte. na época, eu tinha um avô, duas avós, duas bisavós, um monte de tia-avó. aliás, até quando eu não era mais menina..eu tinha isso tudo e achava muito bom. morte era uma realidade distante. me lembro que já em brasília, um colega da escola onde eu estudava foi atropelado por um ônibus e morreu. foi um evento no colégio. aos poucos, no entanto, eu fui perdendo as pessoas amadas. ou por doença, ou por velhice, ou por quedas...enfim..eles foram morrendo e lá ia eu para os enterros. ainda bem que não tinha cortejo...nem muita reza, nem imagens de santo. mas...agora que virei gente grande, esta tal de morte, que era algo tão raro, começou a ficar assustadoramente mais comum. tava pensando hoje que todas as últimas vezes que fui a igrejas foram para missas de sétimo dia. e isso está se tornando incomodamente frequente. quem me chamou a atenção para isso foi a karina. segundo ela, até dia desses, todo mundo era saudável, abusava da sorte, fazia estripulias. agora, estamos mais cuidadosos e ainda assim mais frágeis. lembrando o rei leão, ou o leleão, como dizia o andré, é o tal ciclo da vida. a gente nasce, cresce, fica velho e morre. mas, é muito pouco o tempo...podia ser mais um tantão!! é..hoje não tô boa..mas sei que tudo vai dar certo!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

as leis não cumpridas

as televisões mostraram ontem a cena de um homem entrando num salão e alvejando a ex-mulher. foram nove tiros que mataram uma cabeleireira de belo horizonte. ela já havia sido agredida e estava sob a "proteção" da lei maria da penha. havia registrado oito queixas na delegacia contra o homem. além disso, segundo a "proteção", o ex-marido não poderia chegar a duzentos metros da moça. muito bom....ela recorreu à lei. pediu ajuda das autoridades e que fizeram o que? não é à toa que a mulherada, que todo santo dia apanha, prefere não registrar queixa alguma. esta é mais uma situação que prova a pouca eficácia de uma série de leis que são apenas letras e estão a anos luz da realidade das pessoas. se a cabelereira pediu proteção, por que não foi protegida? não podiam colocar um policial ao lado dela? não podiam abrigá-la em algum outro lugar? não podiam prender o ex-marido por ameaça? passa da hora deste país tomar tenência. tem lei! ótimo! então, vamos cumprir. bateu na mulher? vai preso. roubou dinheiro público? vai preso. fez pega, atropelou e matou? vai preso. simples assim. ou então, vamos parar com esta bobagem de criar leis. a cabeleireira está morta, mas quantas outras não estão passando pela mesma situação, neste exato momento? e o estado democrático de direito? o que está fazendo para protegê-las?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

a casinha do caranguejo

ele viu que eu estava sentada perto dele, mas achou que naquele calor eu não ia me mover muito, além disso deve ter pensado que eu tinha mais medo dele, do que ele devia ter de mim - no que estava cobertíssimo de razão. vai ver por isso que não se intimidou com a minha presença e continuou com a sua tarefa de ajeitar a casa. vez em quando desaparecia no buraco, quando voltava, trazia em suas patinhas um pouquinho de areia, que jogava fora. e ficou por longos minutos nesta toada. sumia no buraquinho, voltava e jogava areia fora. o pequeno caranguejo - daquele tipo quase transparente que vive nas areias das praias - estava, por certo, dando uma faxina, ou, fazendo uma reforma. e eu lá na vigília. diz a astrologia que o caranguejo é o símbolo do signo de câncer. e ainda segundo quem entende deste assunto, os nascidos sob o signo de câncer são muito ligados às suas casas e as usam, inclusive, como o principal refúgio. assim parecia ser o caranguejinho daquela manhã na praia de guarajuba e assim sou eu. eu adoro a minha casa. adoro ficar em casa. adoro que as pessoas venham à minha casa (tem um quarto só para receber as pessoas e o sonho de consumo e construir mais um). adoro mexer nos móveis, quadros e demais enfeites da casa. adoro comprar enfeites para a casa, adoro as manhãs de domingo, quando depois de correr, eu passo na padaria e na banca e trago pra casa jornais e pão de queijo. ligo o som, e deito num pequeno sofá para botar a leitura em dia - ah - aqui em casa tem sofás que me cabem, mas eu gosto de ler neste pequeninho. e amo de paixão uma reforminha. trocar cerâmica, fazer um puxadinho, mudar o telhado, trocar a cor....é meu sonho de consumo. diz a minha irmã que é um perigo quando algum dinheiro sobra, porque são enormes as chances de a poupança ir parar nas contas bancárias dos pedreiros, pintores e casas de material de construção. eu tenho uma casa - atualmente azul em branca, mas em processo de mudança de cor. até segunda-feira, eu tinha dois sócios nesta casa. agora, só é um e muito em breve pretendo romper também esta sociedade. acho muito bom saber que tenho um pouso. um canto. um espaço só meu e que eu posso dividi-lo com quem amo. tô que nem o caranguejinho...cuidando do meu casulo. e....fica o convite. se der, venha nos fazer uma visita. afinal: a minha casa é a sua casa. just for record: os cancerianos combinam com peixes, escorpião e capricórnio e não combinam com áries, aquário e sagitário. e com os outros signos? é neutro??? éca!!!!

a draga

fiquei gripada. na verdade, tá mais para um resfriado, porque tô dando conta de tocar a vida direitinho, mas o nariz tá um tanto aquático ou aquoso e a garganta arranhando. nesta altura duas situações podem se revelar: ou eu fico boa em dois dias ou vira um festival de ites e vou parar no hospital com rinite, sinusite, otite, faringite e laringite. mas, nada que me assuste, porque sou phd em ites do pescoço pra cima. nada que um bom antialérgico não dê jeito. o problema, e voltando para o meu refriado, é que esta doença traz para mim dois efeitos colaterais importantes. todo mundo do mundo quando gripa, perde o apetite. pois é. eu viro uma draga. só o que penso é em comer. para quem tá num sério propósito de virar uma sílfide, tudo que não preciso é uma violenta compulsão por atacar a geladeira e os armários da cozinha. ontem, antes de me descobrir gripada, fui a um atacadão e tinha liquidação de panetones. comprei um monte pros meninos (juro que era para eles). muito bom...de madrugada eu queria, porque queria, dar aos quitutes natalinos outro destino. para não sucumbir à tentação, fui pra cama e entrei em alfa. consegui não atacar os panetones, mas foram pra dentro três bananas, uns dois biscoitos de sal e mais umas coisinhas. a culpa me acompanhou durante todo o dia de hoje, mas a vontade compulsiva de exterminar as comidas continua. tô enrolando com coca light e água.....e os panetones continuam intactos. o outro efeito é que fico burra. não que eu seja grandes coisas no quesito qi, mas é impressionante como o vírus da gripe me emburrece. não sei qual é a relação, mas fico totalmente lerda e sem ideias. o que eu sei é que elas vão pras cucuias. a sorte, para o meu corpo - ai que vontade de virar uma sílfide - e para a minha alma é que os intervalos entre as gripes anda aumentando, porque fala a verdade: uma dona de nariz vermelho, burra que nem uma porta e do tamanho da moby é judiaria demais da conta!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

os azulejos!!

tava lá eu em itacaré com toda, mas todos os que compunham a família buscapé naquela época. pacote completo. era de noite e eu e a kaká fomos convidadas para um lual na praia das conchas. passei a conversa na dona stella para que cuidasse dos meninos para mim. enfiamos uma roupinha bonitinha e lá fomos nós pro lual. não nos deram muita bola, na verdade. a gente não era muito enturmada com o povo e acho que não fazíamos muito o tipo do homens presentes. mas.....a gente não costuma precisar de muita companhia para se divertir e tome-lhe cerveja. ah!, porque tem isso. a gente não gosta muito de bebida de mulherzinha não. esse papo de drink, só quando temos que fazer uma graça. uma certa hora, me senta um moço do lado e pergunta se eu queria um teco. não tinha a menor ideia do que seria um teco e respondi: eu não, mas ela quer - apontando pra kaká. quando eu vi, o moço tinha esticado uma carreira e tava chegando perto do nariz da pobre que, recusou e ainda me deu uma bronca. expliquei que só queria saber o que era um teco.....depois dessa, já que o único que mostrava algum interesse pelas duas beldades era o moço do teco, achamos que tava na hora de tomar rumo da pousada. só que o nosso pouso era meio longe e a cerveja queria, porque queria sair. encontramos um moço de brasília que conhecíamos e que era dono de uma pousada que ficava bem pertinho. pedimos para usar o banheiro e ele, muito gentilmente, disse que sim. muito que bom!!! lá fomos as duas pro banheiro - por que mesmo mulher vai pra banheiro de dupla? eu fiz meu xixi, dei descarga tudo bonitinho e aí, foi a vez da ká. sentou...até aí tudo bem. só que na hora que ela puxou a cordinha da descarga - era daquele tipo que fica na parede, a caixa de descarga soltou, os canos e azulejos juntos. sabe aquele barulhinho de azulejo caindo....tlin...tlin...tlin. confesso que se não estávamos balão, a gente tava, pelo menos, alegrinhas. resultado: sentamos no chão e levamos uns bons 10 minutos para parar de rir. e agora? como que íamos sair do banheiro. juntamos tudo num cantinho...azulejos quebrados, canos e caixa da descarga, abrimos a porta, pedimos desculpa pro dono da pousada e saímos correndo itacaré a fora. no outro dia, contamos pra mãe a nossa peripécia. até o dia de a gente ir embora, cada vez que a minha mãe via o dono da pousada numa calçada, ela fazia a gente mudar pro outro lado da rua - e lá ia nós tudo (seis pessoas). argumentava que tinha muita vergonha das filhas exterminadoras de banheiro.

o santo congelado

essa história é real, mas não vou dizer os nomes das personagens para não entregar as meninas. é assim: a coisa tava feia para arrumar namorado. duas moças das mais bonitinhas, dividindo um apartamento e nada de aparecer moços que prestassem. até que um belo dia, aprenderam uma simpatia: era só colocar uma imagem de santo antônio no congelador e avisar pro pobre do santo que ele só sairia da sibéria se arranjasse namorados para elas. dito e feito. arrumaram uma estatuazinha do santo e a entocaram na parte de cima do refrigerador. tudo muito bom...tudo muito bem, mas como continuava sem dar muito resultado, decidiram dar uma festa em casa. afinal, era bom dar uma ajuda pro santo e convidar pro rega-bofe uns moços bonitos e solteiros. só que, por algum motivo da vida, o sobrinho de uma delas apareceu. isso no auge da festa. apartamento cheio de possíveis pretendentes. o moleque queria refrigerante e gritou: tia, onde tem guaraná? no congelador - a resposta. o menino demora um pouco na cozinha e lá pelas tantas me aparece pela sala com o santo antônio congelado nas mãos. "tia, o que este padre tá fazendo no congelador?"

minhas trombadas

eu não sei o que tem de errado comigo, mas que tem, isso tem. eu sou a pessoa que mais tropeça, tromba, dá cabeçada e topada que eu conheço. o resultado é que meu corpo vive com marcas roxas. quem não conhece pode até achar que sou vítima de algum tipo de violência. na verdade, sou sim, mas quase 100% delas são cometidas por mim mesma. tem uma teoria mais pro psicologês de que eu não tenho uma boa relação com meu corpo, daí eu não sei qual é, mesmo, o tamanho dele. a outra é que por conta de ter sido míope de marré de si...eu não enxergo direito....mas não boto fé em nenhuma delas. na verdade, o que eu sou é absurdamente distraída. ando pelas ruas com a cabeça nas nuvens. aí...vez em quando...PUMBA! eu já dei uma cabeçada numa pilastra em buenos aires que quase me nocauteia. em roma....tava bem pimpona andando, quando....fui parar no chão. e o pior é que não tinha nada para eu tropeçar. tropecei em mim mesma. já perdi a conta das roupas que ficaram presas em maçanetas, das topadas com o dedinho nas quinas, vestidos enroscados em escadas rolantes.....e por aí vai. vez em quando, tipo de dez em dez anos, eu me machuco pra valer. uma vez uma perna se enroscou na outra e caí de boca no chão. montes de pontos e mil perguntas do médico se eu bebia, ou usava remedinhos controlados ou tóxicos. acho que ele não se convenceu de que o problema era eu mesma. não preciso de ajuda. nesta semana, a minha canela brigou com o puxador de gaveta da cozinha. levou a pior completamente e só não passou por uma sessão de alinhavar, porque eu fiquei com medo do hospital. porque tem isso também. apesar de ser absurdamente desastrada, eu morro de medo de sangue e de médicos. a minha distração também mostra a sua cara quando eu tô dirigindo. quando tô ligada e tenho a função de mapa girl, sou ótima.....quando não....quantas e quantas vezes me toquei que tinha passado de muito do lugar para onde eu devia ir. tipo: quero ir pro final da asa sul e quando vejo, tô chegando ao park shopping. mas sou metidésima e acho que sei todos os rumos. decidi, por exemplo, que sei dirigir em salvador. sei como chegar em qualquer canto. uma bela noite, deixamos piatã e resolvemos ir pro pelô. eu jurei que sabia fazer isso....bom....lá pelas tantas entrei numa rua, e fui subindo...subindo...subindo uma ladeira. aparece a placa: pau miúdo. ótimo, estávamos eu, mais a kaká e a miroca perdidas em pau miúdo. lá pelas tantas, morrendo de dar risada, encontramos um guarda, para o qual comuniquei que estava perdida e qual o caminho de lá para o pelô. é....eu tava tão perdida em pau miúdo!!!

sábado, 16 de janeiro de 2010

nova iorque, eu te amo

fui ver nova iorque, eu te amo. o filme é que nem paris, te amo, só que na big apple. desde que cheguei em casa, que estou lembrando de uma viagem que fiz a nova iorque há mil anos. fomos eu e o paulo. a gente era tão duro, que male male tínhamos cartão de crédito nacional. cartão internacional não era, naquela época, pro nosso bico. ah! e sabe-se lá por que motivo, naquele período, não podia comprar doláres. era um tanto em dólar e o resto no tal de travellers. lá fomos nós com os travellers entocados numa pochete devidamente amarrada na barriga - será que alguém ainda carrega travellers na barriga? o avião era daquelas companhias low price e a decolagem demorou um tanto, porque estavam consertando a aeronave - ótimo....já começamos bem. além disso, tinha a história do triângulo das bermudas, que era um lugar no atlântico onde sumiam aviões. e o medão de ir parar no fundo do mar no tal triângulo. mas tudo deu certo. chegamos ao hotel - duas radiosas estrelas e nos colocaram num quarto que tinha mofo...ótimo (2)....eu que tenho uma alergia monumental, precisava mudar de quarto, mas não tinha a menor ideia de como dizer mofo em inglês....aliás, não sei até hoje. sem ter outro jeito, catei uma camareira no corredor, mostrei a parede mofenta e interpretei uma crise de espirro....acho que para se livrar da brasileira doida, ela ajeitou um quarto cheirosinho. resolvido isso, a cidade nos esperava e lá fomos nós descobrir os encantos da ilha. foi uma paixão total e à primeira vista. e o que eu mais adorei foi ver a rua. me lembro que no hotel o café da manhã era muito caro, por isso eu e o paulo comprávamos nossa comida numa deli ao lado e íamos procurar um lugar legal para sentar e comer. uma noite fomos ver cats e eu deslumbrei....foi uma viagem de sonho e para melhorar, a bortonada - meus irmãos e mãe - baixou em nova iorque para ficar com a gente. com o zezé vimos woody allen tocar, acho que clarineta e com a kaká e dona stella fomos na estátua, e pagamos o gorilão de ir comer num restaurante de executivos na wall street. as três com shorts da pakalolo. ao nosso lado homens e mulheres chiquérrimas. vamos combinar: tem coisa mais feia que short de malha da pakalolo? neste dia, à noite vimos a bela e a fera no teatro, e a nossa bela fez uma das suas. muito das entendidas de inglês, a karina me vira pra um chofer de táxi: are you empty? o moço deve até hoje tentando entender o que ela queria. nunca mais voltei a nova iorque. acho que está na hora de matar as saudades e marcar um encontro com a cidade na esquina da rua walk com a rua don't walk.

meus dois anjos

no dia 25 de dezembro, catei a karina, a mãe, tia, sobrinha e primo e fomos pro cinema. decidi que íamos ver sempre ao seu lado. tinha lido a crítica e sabia que é um filme muito, mas muito triste. mas, como iria para praia no dia seguinte, ficaria complicado adiar. bom. logo no começo, descobrimos que o cachorro do filme é quase um irmão gêmeo do nosso urso. o resultado é que as três: eu, kaká e dona stella quase que desidratamos de tanto chorar! o urso, que, como o próprio nome diz, é enorme e peludo, é nosso cachorro desde quando o mundo é mundo. a primeira dona foi a karina. depois que a karina foi pra são paulo, a minha mãe herdou o urso e quando eu me mudei para a casa azul e branca, ele fez parte do pacote....daí dá para se ter uma ideia do quanto ele é velhinho. deve ter uns 13 anos, o que para cachorro grande é um tantão....apesar de ser filho de duas raças consideradas muito bravas (rotweiller e akita), o urso tem um gênio ótimo. não sei de onde veio. a mãe dele era impossível, o pai um cachorrão bravão e os humanos da casa também não são muito flor que se cheire. mas, sabe-se lá por que, ele é um santo. de uns tempos para cá, a idade começou a pesar e o urso vem padecendo de uma ou outra doença. dia desses, a coisa tava tão feia, que quase morrendo de chorar, eu liguei para pedir para a valéria (minha veterinária e amiga - mais amiga que veterinária) vir aqui em casa sacrificá-lo. chorando mais ainda passei pro manoel as instruções de como eu queria o enterro - ao lado da casinha onde ele sempre morou. passei sms pro povo tudo contando que o urso ia morrer e fui trabalhar. parar de chorar, não dava. até que o celular tocou e a valéria toda pimpona avisou que não seria daquela vez. o urso tava só com dor de barriga....bom...lá fui eu passar a boa notícia. isso, porque a minha família é meio esquisita. quem mora longe, liga para saber do urso. o tempo passou. no dia de ir pra praia, chamei o manoel num canto e pedi que se alguma coisa mais grave acontecesse com o cachorro, não era para avisar. bom, chego a brasília, e descubro que o urso havia sido operado de um tumor no cotovelo. a valéria e o manoel decidiram por conta deles que, apesar da idade avançada, a operação seria a melhor alternativa para melhorar as condições físicas do urso, mas os dois estavam com muito medo de como ele iria reagir à anestesia. ele tá bem bom andando pelo quintal...só que arrumou umas manias. decidiu que prefere passar fome a comer ração. lá vai eu pro mercado comprar coração, língua e outras esquisitezas. liguei para a valéria para dedurar e lógico que ela defendeu o urso. aliás, este texto todo é para agradecer a valerinha e o manoel. os dois decidiram que vão assegurar pro nosso urso a melhor e mais longa vida possível. são, na verdade, dois anjos da guarda que nós temos!!!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

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tô de férias em brasília e machucada. o resultado é que acabo ficando um tempão em frente desta máquina. daí que veio a ideia do bloguio, como diz meu amigo, mau. pois é. hoje, pela manhã, li no twitter o protesto de uma moça que dava conta que tinha sido assediada por um homem casado. deu um pé no cidadão e o desinfeliz ainda ficou putinho. agora, veja se pode? homem casado ficar putinho, porque a moça não deu bola! aí...fiquei pensando nas mulheres que ficam com os casados. por que mesmo que elas fazem isso? porque..se for pelo sexo, muito melhor namorar os meninos mais novos. e se não é para casar mesmo..o vigor dos mais novos é maior e eles não trazem na bagagem quilos de problemas. será pela grana? ..não é melhor batalhar seu próprio dinheiro, do que dar pra homem casado? aí....me lembrei da amante do meu ex-marido. a história é tão bizarra, que ele me apresentou a dona como uma amiga e a moça frequentava a minha casa. e a tonta que vos escreve demorou um tempão para descobrir. mas, este não é o assunto. a questão é o que passava na cabeça da tal mulher - que aliás, é uma profissional bem sucedida, mãe de família e etc e tal. a dona compartilhou uma série de momentos felizes do casal. pelo menos eu achava que eram felizes. participou de festas, de comemorações, de projetos para a reforma da casa. ajudou na mudança. o que ela sentia? por que ela fazia isso? qual o prazer que ela sentia? será que a satisfação vinha do fato de me ver e pensar: "coitada...pensa que está tudo bem, mas eu estou aqui comendo o marido dela". quando eu finalmente me toquei do que estava acontecendo - o que levou um tempão, porque como diz a kaká, eu sou burra que nem uma anta de bigode - pensei se era o caso de telefonar para a desinfeliz, dizer um monte de desaforo, jogar ovo no carro. sei lá! fazer uma feiúra qualquer. só que eu fiquei com tanta pena, com tanta dó, que resolvi que o melhor era ficar na minha e tocar a vida. mas, esta mulher me machucou muito...sacaneou demais. em compensação, me deu a certeza que dar para homem casado não é, definitivamente a minha praia. se não for por mim, é por causa da mulher dele. não consigo me imaginar fazendo com outra mulher o que a amante do meu ex-marido fez comigo.

o amor e as resoluções

bom, como eu resolvi que entre as resoluções de 2010 é deixar de ser descrente do amor e da política, é bom tomar algumas providências. para começar, era bom eu sair um pouco de casa. já cresci um tanto para saber que o príncipe não vai bater na minha porta. ir pra rua já é uma boa ideia. a outra é seguir o conselho da moça do livro e deixar de ser tão enjoada. o ideal não existe. simplesmente não está dando sopa o moço que é: lindo, fiel, que goste de música, cinema e livros, engajado politicamente e socialmente, sensível, alto, com um salário razoável, sem um passado muito complicado e que seja um josé mayer na cama - não que eu já tenha dado para ele, é só uma metáfora. e se este homem existe, com certeza ele já está devidamente casado com outra dona e se eu fosse a outra dona, não deixaria ele ir embora de jeito nenhum. tenho que decidir o que é realmente importante. boniteza não é tão relevante. mesmo porque homem bonito dá muito trabalho. gostar de livro, música e cinema é essencial - ir ao cinema com namorado é uma das melhores coisas da vida. a altura também - gosto de homem grande. será que dá para encarar um cidadão que não tenha as mesmas convicções políticas que eu? acho que isso é administrável. salário - pelo menos rachar a conta é razoável e sexo? aí o bicho pega. o que é melhor? um amante josémayeriano ou um excelente companheiro? como é complicado colocar em prática as decisões de ano novo!!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Down tech

eu tenho umas birras na vida. uma grande é a dificuldade em jogar fora os eletrodomésticos ou eletrônicos que ainda funcionam direitinho. além disso, resisto horrores a comprar o que eu acho que não preciso. o laptop é um exemplo. para que mesmo que eu preciso carregar pra cima e pra baixo um computador? quase nunca viajo a trabalho e quando viajo e viajo muito, é de férias e nada mais divertido do que procurar lan houses nos lugares mais esquisitos possíveis. com a vantagem que não carrego peso. mas, vez em quando eu alopro. dia desses comprei um aparelho de dvd, só porque estava numa promoção ótima. isso foi lá pro começo de dezembro e a tal máquina ficou rondando pela casa e vez em quando protestava: ô! você não vai me ligar não? pois é. mais de um mês passado, resolvi pedir pro manoel ligar o dvd. só que as televisões aqui de casa são tão velhuscas que, simplesmente, não comportam mais de um aparelho. na tv onde este dvd ia ficar já tem o wii dos meninos. para a maquininha não voltar pra caixa, liguei no meu quarto. mas, para que mesmo que eu quero dvd no quarto? convenhamos, quartos não devem ser os lugares para assistir filmes. estamos combinados que quartos têm outra utilidade; bom! apareceu o dilema...tá na hora de comprar uma tv mais moderna só para poder instalar o tal dvd? ô dúvida!!!

quando vem de surpresa

acabei de ler que a zilda arns está entre os brasileiros mortos no haiti. já tava encafifada com um texto da martha medeiros que li ontem e fiquei ainda mais. o tema da crônica é a morte e como ela nos pega muitas vezes desprevenidas. a dona zilda foi para o haiti para uma conferência de religiosos. vai ver estava lá para tentar implantar naquele país miserável programas de combate à fome. um terremoto a matou. ela, com certeza, não estava pronta para morrer. devia estar muito saudável, porque senão, não estaria no haiti. esta morte que surpreende é de lascar. tudo bem que o resultado é sempre o mesmo: com surpresa ou esperando, morrer significa o fim. mas, vai ver que quando vc já está bem doente, fica mais fácil. pelo menos para as pessoas que te amam. bom....devo estar escrevendo bobagem. mas, será que não é melhor você poder decidir o que vai ser, por exemplo, das suas roupas penduradas no cabide. se você já sabe, pode dizer qual o destino que quer que elas tenham.mas, quando é de surpresa cabe a alguém esta decisão. e aí, aquele vestidinho preto que você amava vai parar no corpo de que não merecia. a morte sucks e na minha lápide, gostaria que fosse marcado: aqui jaz alguém muito contrariada....e tô na torcida que isso só seja escrito daqui uns 60 anos...

a goiana e o mar

ser goiana, mesmo do tipo que mora há anos no quadradinho e segundo meu amigo rogério, goiana do quadradinho, é um tanto complexo. como boa goiana, o pé racha às vezes por conta da poeira vermelha, sei de cor umas dez músicas sertanejas, sonho em arrumar um cidadão que tope casar comigo ao som do "é o amor", adoro bolinho de arroz, piqui, galinha à cabidela, tutu e doce de fruta. só quem é goiano sabe o quanto é bom doce de figo verde....bom....só que vez em quando, esta goiana fica frente a frente com a imensidão azul do mar!! é um total deslumbramento...até hoje, eu brinco de pular onda e de virar chá - ou seja, ficar horas na água. voltar para o interior é sempre dolorido. é um tal de me acostumar de novo a viver sem areia, água salgada, protetor solar e corridas na praia...ainda bem que a ficha cai rapidinho e a vida segue bem sem as conchas ou, melhor ainda, com outros tipos de conchas...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

desilusões e resoluções

eu passei o 2009 com uma ideia fixa: estava totalmente descrente do amor e da política. e olha que eu adoro os dois. pois é. num foi que só bastou janeiro chegar, que eu mudei de opinião. numa conversa com minha mãe, me toquei que o problema não são os políticos, mas o sistema judiciário. se a justiça fosse mais ágil e os corruptos, os compradores de votos e afins fossem efetivamente e rapidamente punidos, a situação seria outra. o desinfeliz iria pensar duas vezes antes de meter dinheiro nas meias, ou comprar votos e etc. já com o amor, a opinião mudou depois de ler um texto da martha medeiros agora pouco. segundo ela, não é porque meia dúzia de tranqueiras partiu seu coração da forma mais doída possível que o amor tem que levar a culpa. aí me lembrei o quanto é bom amar. o tanto que é bom sentir as borboletas batendo as asas no estômago. resultado: as unhas deixaram de ser pintadas de preto e agora estão vermelhas. que venha o amor! pelo menos vou estar aberta a ele!

joelhos

quando eu era adolescente, amava o fato de ter pernas grossas. desfilava unb a fora de shorts para ficar mostrando o par de coxas. pois é.....hoje, tenho verdadeiro pavor!! odeio o meu joelho. eles são gordos, esquisitos, com uma rótula enorme!! uma coisa medonha! pois é, mas eu costumava amá-los. quem mudou? eu ou os joelhos? aí, hoje fui experimentar uns vestidos. era promoção. preços ótimos. os vestidos ficaram lindos, mas os joelhos ficavam lá se mostrando. gritando pro mundo: "olhem pra gente". mas que depressa entreguei os vestidos pra moça e tomei rumo de casa...ninguém merece joelho gordo!