quinta-feira, 21 de novembro de 2013

as xx e os xy - por que as mulheres choram

dia desses, com mais duas queridas, estávamos tentando entender por que nós, a parte xx do planeta, não conseguimos tratar as relações casuais como elas merecem e são: casuais! mas, não. depois de umas duas ou três trepadinhas já estamos secretamente planejando o casamento com o gajo. umas cinco a mais decidimos estar completamente apaixonadas e com a mais absoluta certeza de que ele é o homem da vida. para todo o sempre vamos dividir escovas de dentes, sonhos, projetos e planos para as férias com as crianças. só que, enquanto isso, o xy, que, em nenhum momento, prometeu amor eterno - nem ao menos um dia de amor - tem a lucidez (mas sem avisar à moça)  de dar à história a exata dimensão que ela tem: casual. os dois são tão somente parceiros de cama e, eventualmente de mesa de bar ou de poltronas de cinema - sem essa de trapinhos em comum. as bússolas estão completamente descompassadas. enquanto as das xx miram o norte, as dos xy apontam para o leste ou oeste. até que, num belo dia, por iniciativa da moça, pipoca uma discussão de relação, a popular dr. é nesse momento que os convites de casamentos já diagramados, aquele lindo vestido de noiva de organdi e as férias em búzios vão para a cucuia. os xy deixam bem claro que não é namoro, nem amizade. apenas uma ou mais ficadas.  apenas uma relação entre o p.a deles e a b.a delas.. mas, aí o mundo das xx cai!! elas sofrem, se acabam em lágrimas. vestem a alma de luto. juram nunca mais querer saber dos xy. prometem celibato...enquanto isso, o xy está lindo e lampeiro pela vida com outra casual ou à busca de....diagnóstico feito, uma das amigas pergunta: e por que não dá para a gente ser que nem eles? pois é. sabe que não sei!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

a dona no peru ou do peru

há algum tempo que eu martelava nos ouvidos alheios a minha enorme vontade de conhecer machu picchu. passei a ficar de olho nas promoções, até que um belo dia um querido que contagiado com a minha martelação chegou com a novidade de uma passagem mega blaster barata para lima...a fome com a vontade de comer se uniram. passagens compradas e todas as demais providências acertadas. lá fui eu conhecer os incas, o que não fiz quando era uma jovem bicho-grilo. naquela época, além de jovem bicho-grilo, era mãe de meninos pequenos e tão sem grana que ir a pirenópolis já era a audácia da pilombeta. a primeira parada foi em lima. não sabia nada sobre a capital peruana. uma boa apuração feita, mas é lógico que totalmente aberta à surpresas. a primeira já no aeroporto. em lima não existe transporte público que funcione bem. metrô? necas! bons ônibus? necas e necas! o jeito é encarar os táxis, que não têm taxímetros. os preços são combinados com o chofer. lógico que o primeiro que nos levou do aeroporto ao apartamento alugado nos roubou. cobrou 70 soles, quando no máximo - estourando - seriam 60. lição aprendida. um táxi entre miraflores e a plaza de armas não pode custar mais do que 20 soles. de miraflores ao aeroporto são 40 soles e por aí vai. a dica de hospedar em miraflores é boa. o bairro é lindo, bom de caminhar, com pequenas vilas de casas e uma orla linda - perfeita para corridas e caminhadas. em miraflores também há uma bela ruína de um templo pré-inca - uma huaca! vale demais a visita! também em miraflores, o restaurante central, que fica na rua santa isabel. é considerado um dos melhores da costa do pacífico. bem carinho (se bem que nada é caro no peru) e só come lá quem fizer reserva com alguma antecedência. comida deliciosa e um pisco sauer dos sonhos. esse tal de pisco sauer é bom pra cacete. ainda em miraflores, as lojas de artesanato são melhores do que as do centro, com preços bem similares. aliás, quem curte pechinchar se diverte nas lojinhas e feiras peruanas. infelizmente eu detesto e essa prática me irrita aos montes. o lance, porém, é nunca aceitar o primeiro preço...sempre cai um pouco ou um muito. ainda em lima, a plaza de armas reúne lindos prédios históricos. todos erguidos por volta dos anos 1500. meu favorito foi a igreja de são francisco, que guarda no subsolo uma catacumba. era lá onde se enterravam os mortos de lima. atirados em poços sob a igreja. milhares de ossos. vale muito também acompanhar a troca de armas na frente da sede do governo do peru. acontece ao meio dia e é muito interessante! ah! se der, tente não comer nos muitos restaurantes perto da plaza. sabe aqueles lugares de turistas onde o rango é ruim! pois é! e peloamordedeus, fuja que nem diabo da cruz do tal frango assado...medonho! adorei também o parque das fontes - ao lado do estádio nacional, que para minha sorte (que viajei com dois amigos), estava fechado para jogos e visitas. ah! última dica em lima: assim como o frango assado, corra do ônibus aberto para turismo. o trânsito é caótico. o infeliz do ônibus não sai do lugar e quando sai, faz um frio danado lá em cima. uma roubada mestra! também é importante levar muitas calcinhas - ainda mais se você for do meu time - gente que lava calcinhas em viagem. em lima nada seca. simplesmente não seca e...se você espera ver o céu azul, pode tirar o cavalo da chuva. o céu em lima é branco. a vantagem é que o tempo mais frio é um convite para  bater perna pelas ruas - tanto no centro quanto em miraflores. afinal, nada é melhor do que bater perna pelo mundo e pela vida. chegou o dia de ir a cusco, cidadezinha inca que fica a 3,6 mil metros de altura. é preciso sobreviver ao desafio. tem um remedinho - esqueci o nome, mas tem propaganda em todo canto. tome um ainda no avião, mas tome mesmo. em cusco vão te oferecer chá de coca no hotel - beba! aliás, beba chá de coca sempre que der. masque folhas, balinhas, chocolates...a diferença de pressão é tão grande, que quando abri minha necessarie no hotel em cusco, tudo tinha vazado. até o roll on do desodorante pulou. o primeiro dia em cusco é para dormir. ficar quietinho no hotel. brincar de estátua. o corpo precisa desse tempo. não senti nada, apenas uma ligeira dificuldade de respirar, mas creditei ao meu péssimo hábito tabagista. meus amigos, porém, sofreram um pouco nas primeiras horas. então, durma, descanse no primeiro dia. e depois, se jogue. valeu muito a pena ter ficado em um hotel na plaza de armas (acho que tem plaza de armas em todo o peru) e ter contratado uma boa empresa de turismo - a nossa se chamava condor. cedinho no segundo dia nos levaram ao vale sagrado dos incas. pensa num lugar lindo! mas, pensa! imaginou? pois é! de bônus uma visita a uma feirinha fofa de artesanato e um belo almoço. antes disso, as ruínas de ollantaytambo - lindo!!  chegou o dia de machu picchu. cinco da manhã de pé e ansiedade a mil. era um sonho acontecendo - o nosso hotel servia café da manhã desde essa hora - uma mão na roda - seis e meia rumo à estação de trem - confesso que apesar de ser muito confortável, levar mais de três horas para percorrer 130 quilômetros é uma chatura. minha sorte foi que o dormidor estava mode on. lá pelas tantas, chega-se a machu picchu pueblo.  ah! o número de ingressos diários no parque é limitado. tem que comprá-los com antecedência. da estação de trem, uma van leva ao parque de machu picchu. uma estradinha de chão, estreita e com precipícios e precipícios. quem tem medo de altura, uma boa ideia é não olhar pela janela....eu olhei e não me arrependi...cada visual!! demos a maior sorte com a nossa guia...uma formiguinha atômica muito boazinha. a natalie nos senta numas pedras e começa a contar a história do lugar. conta a versão de que a cidade foi construída por um imperador inca para dar pouso a três mil amantes. ainda não consegui entender como o incão tinha forças para comer tanta mulher. era uma fera! completada a história, natalie nos levou até uma esquina e após uma virada: bienvenido a machu piccho...aí, baby, não há palavras para descrever. nem as fotografias conseguem. nem vídeos. nem nada! só as retinas! um arrependimento foi não ter ficado hospedada no pueblo e ter tido a chance de ver o nascer do sol lá da montanha da cidade perdida. quem tem o bolso mais abonado pode ficar no hotel sanctuary lodge. fica ao lado do parque, mas é caro de doer. outra ideia tentadora são as trilhas incas, mas aí eu preciso me preparar fisicamente melhor...mas, a vantagem de eu não ter feito essas e muitas outras coisas é uma boa desculpa para voltar. vontade é que não falta! completamente apaixonada pelos incas!! me aguardem!

sábado, 27 de julho de 2013

o ódio e o anonimato

quem primeiro me chamou a atenção para o ódio na internet foi o chico buarque, em uma entrevista. disse o gênio que quando se mete a besta a ler os comentários sobre ele na rede fica espantado com a quantidade de manifestações de raiva extrema. ao ver essa entrevista fiquei abestada ao constatar que alguém pode odiar tanto um artista tão talentoso. mas futricando aprendi que as agressões são em resposta a ele ter votado e feito campanha para o lula e a dilma. aliás, a internet é célebre no ódio ao lula. impressionante o quanto as pessoas se aproveitam do anonimato para ofender, difamar, agredir o ex-presidente da república. lula e chico, no entanto, estão longe de ser os únicos alvos. qualquer um é ou pode ser. experimenta ler os comentários de leitores e internautas. dia desses tinha uma reportagem sobre o frio que o botafogo enfrentaria em florianópolis, em um jogo pela copa do brasil. a grande maioria dos pitacos era para agredir o glorioso. essa fúria toda vem me assustando há algum tempo. das minhas redes sociais tenho excluído os que seguem esse rumo. evito ao máximo ler os comentários, a não ser quando quero me irritar, em momentos de masoquismo irracional. apesar dessa minha negação, o ódio está lá e é simplesmente assustador! a minha dúvida é se é um reflexo da maldade inerente do ser humano ou uma vontade incontrolável de um minuto de fama. de qualquer maneira acho preocupante, mesmo porque é tão melhor o amor do que o ódio!!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

a dona chaguinha

conheci hoje a dona chaguinha. na verdade, não foi bem conhecer, conhecer. dona chaguinha é de esperantina. uma cidade no interior do piauí. mas hoje ouvi as histórias deliciosas da dona chaguinha e entre risadas, bateu uma preguiça danada dessa moral pequeno burguesa católica urbana. como é chato!! chato!! chato!! mas, voltando à minha nova amiga. ela é mãe da ângela, a anja que nos alimenta de segunda à sexta. pois é. dona chaguinha está chegando a brasília para visitar a filha e hoje durante o almoço perguntei qual a idade da chaguinha. "diz ela que é 54". fiz umas contas rápidas e achei que não ornava muito. "mas, como, ângela? tem certeza que são 54"? pelo menos é o que ela conta, mas isso já tem uns 15 anos e como eu tenho 44, é meio difícil ela ter só dez a mais do que eu". só com essa informação eu me apaixonei pela dona chaguinha. há duas décadas e meia que ela tem 54. simplesmente se recusa a ficar mais velha, apesar de não abrir mão das comemorações de aniversário anuais. aliás, festa é com a dona chaguinha. não perde um forró de jeito nenhum e sempre de saia muito curta. além disso, leva para os bailes o isopor com suas cervejas e o próprio copo - tem nojinho de copo de bar! já enterrou dois maridos. o primeiro abandonou depois de uma surra que lhe custou uma cicatriz que cruza a cabeça. o segundo morreu há uns 18 anos. a dupla viuvez, já que o agressor também bateu as botas, nem chateia a dona chaguinha, que trata das dores do coração e do corpo com uma sabedoria peculiar. arrumou dois maridos. troca quando abusa. se enjoa de um, manda o sujeito embora e recolhe o outro e assim vai. sem muita burocracia, sem muita satisfação. um sabe da existência do outro, se odeiam, mas se conformaram que para ter o chamego da chaguinha é esse o acordo. e tem mais...vez em quando a carne grita mais alto e ela agrega outros cobertores de orelha. ângela contou que uma noite, a dona chaguinha abusou do conteúdo do isopor e se atrapalhou. o resultado é que enquanto estava se deleitando com um na cama, outro estava escondido embaixo da cama e um terceiro no guarda roupa. amei dona chaguinha, que há 15 anos tem 54!!!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

a moça do dedo podre

quando era pequena, um livro era famoso. um tal de menino do dedo verde. bastava um toque do polegar dele para que plantas e flores surgissem! um espanto, o moleque! pensando hoje nessa história, me toquei que existe o completo oposto. há quem tenha o dedo podre. aí, as possibilidades são variadas. há os que destroem tudo o que encostam. e há aqueles, no caso aquelas, que escolhem tudo errado. não têm capacidade para fazer as escolhas certas. hoje, um amigo me disse que duas mulheres diferentes reclamaram com ele sobre isso em um mesmo dia. por algum motivo qualquer, que ele não me disse qual, elas simplesmente têm a manha de escolher para dividir a vida, a cama, a alma e o coração os piores tipos de homens possíveis. e aí a ruindade também é variada. tem de um tudo. desde aquele sujeito que está com a moça e com outra moça ao mesmo tempo. nesse triatlo, ele faz test drives com as duas. isso tudo sem avisar nem uma nem outra.. e para piorar, quando perguntado, ele jura pela alma da mãe mortinha que a moça é única. que está muito afins. que há uma história a ser vivida. até que um belo dia pela manhã, uma das moças descobre, com uma foto em rede social, que não era bem assim! e ela lamenta o dedo podre. há ainda os que têm uma capacidade de mentir extraordinária. tão paranormal, que é possível que ele próprio acredite no que diz. e o sujeito vai se enroscando nas mentiras, até que uma hora: cabum!!! as verdades se soltam do pote hermeticamente fechado e mais uma vez a moça enxerga o seu dedo podre...e por aí vai. há histórias e histórias de mulheres de dedo podre. mas, pensando sobre elas, deve haver uma justificativa para tantos erros! vou pro cantinho do castigo e refletir sobre isso!!

segunda-feira, 11 de março de 2013

uma notícia boa

acredito nas marés. é claro que acredito nas marés dos mares, mas acho que elas estão também na vida. por conta disso, tenho a certeza que os males que fazemos voltam. e os males que fazem conosco também têm volta. hoje estava conversando com um amigo sobre pessoas más. algumas são tão más que são ruins. pessoas más e ruins. pois é. vez em quando damos o azar de cruzar com esse tipo de gente em nossas vidas. e aí há pouco o que fazer, porque lidar com a maldade e a ruindade juntas é definitivamente muito complicado. me lembro de alguns tipos assim. um deles causou um mal que perdura por quase quarenta anos e nunca vai ter cura. esse aí era realmente muito mau e ruim! mas a maré da vida deu jeito. sobrevivi, os meus queridos, que foram igualmente feridos, também sobreviveram. o mesmo não posso dizer desse mau, nem dos deles. o destino tomou conta, ou a maré! outros não tão maus surgiram, mas deixaram marcas. quase perdi um filho por conta de uma mulher muito má. sofri um atraso na vida profissional por conta de outras pessoas más e ruins. mas, a maré tomou conta. o filho é um quase homem lindo e bom! e no trabalho tudo deu certo. estou me deparando com outro mau e esse é um tanto complicado, pois conspira, mente e age na escuridão...no entanto, sei que vou sobreviver direitinho e a maré vai dar seu jeito, porque eu simplesmente não dou conta de dar o troco na mesma moeda. tamanha maldade simplesmente está muito além das minhas possibilidades. então, dona maré. a conversa é com você. que tal você fazer a sua parte...não, não precisa levar o mal, mas trazer o bem. pode ser uma ou mais notícias boas! convites  inesperados para viajar para lugares mais que belos. um dinheirinho extra para um agrado a mim mesma. aquele moço perceber que sem mim a vida fica muito besta..e se ele não se tocar disso, que tal um outro surgir! um que saiba me beijar do jeito certo, faça pequenas surpresas, arranque suspiros, me encha a carteira de motorista de pontos, porque estarei tão distraída que não perceberei os pardais...ou dúzias de girassóis, ou uma tatuagem na perna...enfim, dona maré!! me traga uma ou mais notícias boas!!