sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

as leis não cumpridas

as televisões mostraram ontem a cena de um homem entrando num salão e alvejando a ex-mulher. foram nove tiros que mataram uma cabeleireira de belo horizonte. ela já havia sido agredida e estava sob a "proteção" da lei maria da penha. havia registrado oito queixas na delegacia contra o homem. além disso, segundo a "proteção", o ex-marido não poderia chegar a duzentos metros da moça. muito bom....ela recorreu à lei. pediu ajuda das autoridades e que fizeram o que? não é à toa que a mulherada, que todo santo dia apanha, prefere não registrar queixa alguma. esta é mais uma situação que prova a pouca eficácia de uma série de leis que são apenas letras e estão a anos luz da realidade das pessoas. se a cabelereira pediu proteção, por que não foi protegida? não podiam colocar um policial ao lado dela? não podiam abrigá-la em algum outro lugar? não podiam prender o ex-marido por ameaça? passa da hora deste país tomar tenência. tem lei! ótimo! então, vamos cumprir. bateu na mulher? vai preso. roubou dinheiro público? vai preso. fez pega, atropelou e matou? vai preso. simples assim. ou então, vamos parar com esta bobagem de criar leis. a cabeleireira está morta, mas quantas outras não estão passando pela mesma situação, neste exato momento? e o estado democrático de direito? o que está fazendo para protegê-las?

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