domingo, 27 de maio de 2012

a bela e a fera e os meus preconceitos

o filme é com a audrey tautou. vigio a moça  há algum tempo. além de ser uma lindinha, bate um bolão como atriz.. filme com amor no título, mas francês, o que é um diferencial em comédias românticas. gostei do que vi, mas saí do cinema um tanto incomodada. na história a personagem da audrey se envolve com um sueco, mas ao contrário da imagem que temos dos homens daquele país gelado, o moço não era um louraço belzebu...era feio...bem feio. a diferença entre as carinhas dos dois explodia na telona e no filme foi alvo de uma série de preconceitos...o moço simplesmente era maltratado por ser o feio que namorava uma linda, como se aos menos favorecidos de aparência não fosse dado o direito de serem apaixonáveis. era esse o roteiro e foi  a razão da minha angústia, que aliás, à medida em que o tempo passava se dividia em outras angústias. logo de cara me perguntei se alguma vez alguém olhou para mim, quando enganchada em algum moço, e questionou que diabos aquele gato estava fazendo comigo. será que fui alvo desse preconceito de belezura algum dia? ou o contrário..já namorei moços muito magros, um tanto gorduchos, negros, hippies e por aí vai numa longa ficha corrida. será que alguns ou algum desses rapazes foi olhado com estranheza por estar ao meu lado? essa angústia é uma bobagem, me toquei logo...realmente, nunca fui muito de me preocupar com a opinião do alheio. pouco me lixando para o que pensa o resto do mundo..eu quero é ser feliz agora e desde que não faça mal a ninguém, o resto tá valendo. então, o que definitivamente me encanou foram os meus preconceitos. foi me perceber como sendo muitas vezes a pessoa que olha e repara os outros com viés preconceituoso. o que mesmo que eu tenho que achar alguma coisa da vida que não é a minha? ah! olha aquela lá! tem 65 e está com um moço de 30! que absurdo! aposto que ele está se aproveitando dela? e o que eu tenho com isso? ou então: nossa, como que pode a professora estar namorando um vigia de bloco? claro que pode, ora bolas! pode qualquer coisa e eu que aprenda a ser mais tolerante e viver com mais harmonia com as diferenças, afinal, como disse caetano, de perto ninguém é normal! muito menos eu!

Um comentário:

  1. Larissa, só você mesma para provocar o nosso narcisismo com toda essa graça e leveza!

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