domingo, 28 de novembro de 2010

minhas companhias no show do paul

há pouco menos de uma semana vivi uma das maiores emoções da vida: fui a um show de um beatle. chegar lá foi uma verdadeira epopéia. para começar, tava mais fácil dar uma voltinha num dos ônibus espaciais da nasa do que comprar os ingressos. tiquetes comprados, fomos atrás de passagens aéreas mais baratas (lembrando que estou numa fase de dinheiro curtíssimo!) e que fossem em bons horários para ir e voltar. achamos! hospedagem não era problema, porque essa é a única vantagem de a minha irmã morar em sampa. se bem que eu nem ligaria de pagar hotel, se um dia ela tomar juízo e fazer o retorno de jedi. mas, lá estávamos nós. chegamos a são paulo três dias antes do show. já que era para ir para aquela cidade esquisita, que, pelo menos, aproveitasse o que a terra da garoa tem para oferecer - bons botecos. junto comigo na jornada paul, pessoas que eu amo. companhias deliciosas. o resultado dessa equação - bares bons, amigos queridos e tempo livre - foi que lá pelas tantas, o mau anunciou que se mantivéssemos a toada, íamos acabar alcoolatras, gordos e vagabundos, já que estávamos matando serviço. mas, na verdade, esse texto é para falar da minha emoção no show. na segunda música, eu já estava chorando. chorei outras vezes. aliás, a cada canção mais linda dos beatles, eu abria o meu chorador! ao meu lado, como já disse, pessoas mais que queridas. só que além delas, uns fantasmas estavam comigo durante as três horas do espetáculo. alguns fantasmas mesmo. pessoas que não estão mais por aqui. outras, fantasmas que passaram por mim, mas que não compartilham mais da minha vida. me lembrei dos meus ex-maridos. os dois são atualmente cinquentões e, com certeza, curtiram mais os beatles do que eu. nasci um pouco antes de eles se separarem. mas, quem não saiu da minha cabeça foi meu pai. ele é de 1944 e morreu no final dos anos 70. não tive a oportunidade de perguntar se ele era fã do quarteto de liverpool. mas, pelo pouco que vivi com ele, aposto mil pilas que o seu clécio curtia o rock e as baladas dos ingleses. ele ficou comigo o tempo todo. viu o paul comigo e  a companhia dele foi um show a parte. valeu, sir paul mccartney e muito obrigada pela emoção que me fez sentir!!

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