domingo, 16 de janeiro de 2011

o colchão e a largada

já há algum tempo que tenho brigado com o meu colchão. ele decidiu não ser mais confortável e deixa as minhas costas absurdamente doloridas. machuca tanto, que eu prefiro dormir menos do que gostaria para me livrar da dor. como ando muito sem dinheiro na caixinha, enrolei até uma hora mais favorável monetariamente para fazer a troca. o momento foi ontem. dia bom no cartão de crédito. só vou pagar a fatura em fevereiro. apurei com amigos onde se compra colchão e aprendi que há uma rua de colchões em brasília. essa cidade tem a mania de ter ruas específicas - farmácias, luminárias, botecos e agora aprendi que tem a dos colchões. a manhã de sábado me recebeu com uma leve ressaca resultado das estripulias da madrugada. mas estava decidida. tomei banho, engoli uns dois remedinhos para dor de cabeça, mastiguei um pedaço de pudim de leite para repor a glicose. pronta para empreitada. antes de sair de casa, medi o colchão atual. era bom eu saber o tamanho do meu futuro companheiro de noitadas. medidas anotadas...na primeira loja aprendi que por uma razão que ignoro completamente, a cama não é de um tamanho padrão. não é a normal, nem queen, nem king! muito bonito, para eu aproveitar a cama, que eu aprecio muito, teria duas opções: ou fazer um colchão, ou comprar um maior e mandar reformar. a segunda alternativa ficava mais em conta e o moço prometeu que não haveria problemas. deu o preço do reformado. achei caro, e aí o vendedor veio com a conversinha que a gente podia negociar...e eu lá quero negociar? quero saber quanto custa de verdade e em quantas vezes eu posso dividir. com o preço anotado, fui pesquisar (afinal, estava na rua onde há umas seis lojas de colchão!) na segunda, o moço jurou que a reforma destrói o colchão. tinha que mandar fazer um. ah, tá! e quanto é? uns quinhentos reais mais caro do que o primeiro orçamento. mas, eu também podia negociar...juro, que naquela altura eu já estava ficando um tanto irritada!!! quanto custa, meu? ficou umas duzentas pilas mais barato, e eu teria ainda direito a um edredom e dois travesseiros...e eu lá saí de casa para comprar isso??? quero um colchão. tomei o rumo da terceira loja. expliquei o que queria, e uma moça de uns quarenta, com sotaque muito esquisito e uns cinquenta quilos além do peso, me atendeu. expliquei meu problema e ela garantiu que não teria problema algum com a reforma, mas fez a pergunta da manhã! olha, para o seu peso e tamanho, recomendo o colchão d-33. qual o peso e altura do seu marido? aí danou-se...nem estava afins de contar pra mulher de fala engraçada que estou na minha terceira fase de solteirice. não tem marido no momento. marido-less. mas, como colchão é para durar por algum tempo e eu torço para que até a morte súbita do meu amigo de noitadas, algum outro amigo esteja dividindo o espaço, comecei a matutar qual seria a melhor densidade do colchão. tinha uma tabela na loja. para os moços altos, mas magros - até uns noventa quilos, o d-33 estava perfeito. no entanto, mais do que isso, o melhor é o d-45. e agora? o que decidir? apostar que o futuro vai me reservar um moçoilo tipo sílfide, ou virá um fortão? cheio de músculos, enorme, bem alto...mas, o magro pode ser do tipo intelectual. além do mais, o d-33 era uns duzentos reais mais barato, segundo o orçamento mais honesto que recebi naquela manhã. a vendedora, provavelmente porque queria me passar o mais caro, explicou que o d-45 era o mais apropriado..não faz mal para os magros e aguenta o peso dos peso-pesados. acabei aceitando o conselho. confesso, porém, que foi um tanto complicado comprar o colchão do meu futuro marido, sem ter a menor ideia de quem será!!! dura a vida das largadas dos maridos...

Um comentário:

  1. Tõ precisando comprar um colchão também Larissa.
    Boas dicas as suas. E vou me vacinar contra vendedores ora enxiridos ora negociáveis. rsrs Bjs

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