domingo, 11 de julho de 2010

daqui mais de 1,5 mil 3x15

aos 15, eu tinha três certezas: o mundo acabaria no ano 2000, que nem assegurou nostradamus, eu casaria virgem de marré de si e aos quarenta eu seria que nem a dona benta do sítio do pica-pau amarelo. muito que bom. os quarenta chegaram e nenhuma das minhas previsões se concretizaram. ainda bem que virei jornalista e não cartomante, porque com toda certeza do mundo, seria um fracasso como previdora do futuro. aliás, mudando totalmente de assunto, morro de medo quando vejo cartazes de cartomante: trago o seu amor de volta...fico pensando: faço um feitiço pro sujeito voltar...e se eu mudar de ideia...o que mesmo que eu faço com o estupor enfiado aqui em casa e que não me larga de jeito nenhum, porque fiz bruxaria...por essa e por outras que fico bem longe das forças ocultas. mas voltando ao meu fracasso como uri gueller, nada do que eu achei que seria, é. já estamos há dez anos do 2000 e necas de catibiriba, quanto à previsão do meio, é melhor não tecer comentários. mas, na verdade, é a última que tem me tirado o sono e se tornado responsável por tufos e tufos de cabelos brancos que teimam em brotar por todo canto. tudo bem que estou às vésperas do aniversário e desde os 25 que, simplesmente não consigo achar a menor graça nessa conversa. se bem que sendo muito franca, nunca curti muito. sou do meio de julho. período em que todo mundo do mundo está de férias e por isso o público, inclusive o não-pagante para as festas, sempre foi muito tímido. imagina brasília nos anos oitenta...todo mundo do mundo viajava nas férias...quem ia mesmo na festa de aniversário da dona larissa? mas, dos 25 adiante, o que começou a me encafifar de verdade foi a chegada do fim. o mais grave é que acho que hoje sou uma pessoa muito melhor do que os 20 ou aos 30. admito que já fui uma coisa medonha...encrequeira, briguenta, com o ego inflado, insegura, tássia...um horror. hoje, só entro em dividida quando não tem outro jeito ( dou um boi para não entrar numa briga e uma boiada para não entrar de jeito nenhum), o meu ego desidratou total ( hoje já sei bem o que sou e o que não sou) e só arranjo encrenca quando não tem outro jeito. sei bem qual o meu número de sapato e roupa. em suma, sou e sei que sou uma pessoa melhor. acredito que isso seja resultado da tal maturidade que vem com os anos. mas, a tal traz consigo uns efeitos colaterais que eu, simplesmente, não consigo me conformar com eles.o metabolismo não é mais o mesmo. o rosto e o corpo estão envelhecendo. enquanto isso, a minha alma está lá, apesar de mais sábia, absurdamente nova e cheia de vontade de viver...e aí? acabei de ouvir: a alternativa é a morte. qual é, meu irmão? me venha com uma proposta mais razoável! não tenho o menor plano de morrer. gosto de ficar por aqui, mas queria um plano b. queria um jeito que meu corpo acompanhasse a minha alma. e aí? alguma ideia?

Um comentário:

  1. Larissa também estou em busca desse plano B. Triste que a gente vai se sentido emocionalmente melhor, enquanto o corpo vai piorando. Puta sacanagem isso.
    Bjus e saudades

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