domingo, 25 de julho de 2010

a dona e o mar

acabei de ler um tuiter do carpinejar, dando conta que as mulheres só comemoram até o décimo-sétimo aniversário. depois dos 17, não há mais o que festejar. aniversários significam simplesmente um ano mais velha. ótimo!! significam também, é claro e antes que eu leve um puxão de orelha, que estou bem viva..e convenhamos que não fazer aniversário é o pior dos cenários. esse texto ia se chamar a velha e o mar, mas ia ficar muito na cara o meu emburramento com mais um ano que passou. mesmo porque tomei a decisão de roubar uns dois ou três anos. pensando, inclusive, em falsificar uma certidão de nascimento. o assunto, porém, é o mar. cheguei há pouco da praia. fui para maragogi. praia e mar lindos, calmos, tranquilos. pousada quase vazia, sem internet e tv a cabo. resultado: água, longas caminhadas, muito livro e muito sono. perfeito, quase. claro que o amor da minha vida poderia estar ao lado, mas como eu não tenho a menor ideia de por onde ele anda, decidi ir aproveitando os dias até quando ele decidir dar o ar da sua graça. decisão acertadíssima, porque não tem o menor cabimento - acho eu - ir ao mar e não se permitir o encantamento. tem algo mais perfeito que o mar? o ir e vir da água. o mar traz para areia um monte da sua vida e da sua morte e da areia carrega outro tanto. um ir e vir que não para. a troca quase que instantânea. o ideal, acho eu. imagina a vida que nem o mar. cada onda é uma história. nenhuma é que nem a outra. é o novo que se renova a cada minuto. apesar da distância que nos separa, o mar faz parte de mim. vai ver por isso que resolvi, nos últimos anos, que já que não há outro jeito, e a folhinha do calendário vai virar, que as velinhas da velhinha sejam sopradas também por meu amigo. a dona e o mar!

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