domingo, 28 de fevereiro de 2010

dirty talking

a minha viagem ainda é assunto de conversas de mesa de bar. hoje fui a uma festa...aí então que tinha muito o que contar. com um amigo estava uma moça. moça que não conheço e que, confesso, me espantou, e eu acabei não conhecendo. vai ver é gente boa. tava lá eu falando que não curti amsterdam. eu não fumo maconha há uns vinte anos. maconha sempre me deu sono e quando era uma recém pós-adolescente só fumava quando estava com idéias pouco cristãs. já que resolvi que faço e não falo...não posso escrever quais são essas idéias, mas são essas que você acha que são. bom...só fumava maconha quando queria que as idéias fossem mais intensas. mas o sono que batia era tão grande, que o moço parceiro das idéias tinha que ser do tipo ligeirinho...porque senão, era enorme a chance de o diálogo virar um monólogo. como em amsterdam fazia uns menos três, nevava e as possibilidades de eu ter ideais não-cristãos eram mínimas - pelo menos é o que eu achava - fiquei bem longe da cannabis....bom...essa atração não tinha - pelo menos pra mim. mas, no hemp district há também as mulheres que ficam sem roupa nas vitrines oferecendo o corpinho que deus deu a elas. em alguns casos, corpões. e eu que achava que para ficar na peladagem tinha que ter barriga sarada....bom...no alto do meu feminismo..eu solto para o amigo do começo deste texto que achei meio esquisito esta prostituição tão explícita, porque eu não acho que o sexo é o melhor ganha-pão. deve de ter outros jeitos mais interessantes de ganhar a vida. muito que bom...e não é que a moça - a amiga do meu amigo vira pra mim e pergunta: você é jornalista, né? ganha o seu sustento com seu cérebro, né? você usa a cabeça para trabalhar, né? por que mesmo que ganhar a vida usando cérebro é melhor do que ganhar a vida usando a buceta? (palavras da moça!!!) tomhonhoim...dona jornalista....perdeu a chance de ficar bem calada....catei meu cigarro e meu copo de cerveja e fui dançar ao som do assis....mas...aprendi a lição.....deixar de bestagem não tem preço. o resto eu compro com meu mastercard com limite maior do que a minha capacidade de pagamento....

Um comentário:

  1. Larocas, tenho a impressão de o problema maior não é ganhar a vida com a Buceta. A questão, pertinente, na minha opinião, é garar a vida só e exclusivamente com a buceta (vá lá, com a boca e o roskovsky também). A comparação com o ganhar a vida com o cérebro só seria pertinente se você fosse uma "pensadora de aluguel", disposta a resolver problemas ou fazer reportagens para qualquer um sobre qualquer tema. Se você estivesse disposta a redigir reportagens simpáticas ao Arruda e ao Roriz, por exemplo.
    Para falar a verdade, acho mesmo é que a sua interlocutora devia estar brabra com você por estar conversando muito com o namorado dela. Ninguém sai desbucetando assim, sem provocação...

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