segunda-feira, 26 de abril de 2010

o bilhete

eu não sei bem se é uma mandinga, um anjo, um encosto, um  santo, ou apenas cansaço. mas, quando o domingo chega o que eu mais quero é que a vida acabe num barranco e eu lá bem encostada, só assistindo. fui pra cama no sábado com o firme propósito de tomar n mais uma providências. só de matérias, eu tinha que escrever três. queria mudar os quadros de lugar e trocar algumas gravuras. ajeitar a estante, dar uma solução no armário do banheiro, que vive à beira do caos. e, como enchi a cara de feijoada e cerva no sábado, tinha que correr uns seis quilômetros para amainar a minha culpa. pois é. cheia de planos. ah! também queria tomar sol e ficar um pouco vermelha e ardida. em suma. o que não faltavam eram tarefas, mas o espírito do hardy baixou. (valeu andré). fiquei o dia inteiro na base do ô dia, ô céus e nada de me mexer. mas, um pouquinho aqui e um pouquinho ali. resolvi arrumar a gaveta dos sutians. quem mesmo que ajeita essa gaveta? mas mexendo, eu dei de cara com o bilhete que o meu ex-marido deixou quando saiu de casa. o absurdamente assustador foi a data. vai fazer quatro anos em agosto. caramba!!! quanto tempo perdido???!!!!! o que mesmo que eu estou fazendo da vida? até parece que todos os dias são domingos, comigo encostada no barranco. e esperando a banda da vida passar e a banda nem toca coisas de amor. tá bom de sair da janela, deixar de ser apenas uma namoradeira. uma providência foi tomada. o bilhete saiu da gaveta. agora, falta eu!

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