domingo, 4 de abril de 2010

o templo

um shopping center novo foi inaugurado aqui perto de casa. já tem quase uma semana que com pompas e cerimônia a chamada classe a de brasília participou da festança. eu não fui convidada, é claro. nunca cheguei nem perto de ser classe a, apesar de segundo os critérios de pesquisas, eu fazer parte deste grupo. mas, definitivamente, eu nunca fui desta turma. sempre preferi um all star a um prada ou um manolo. só ouvi falar deste último por conta do sex and the city. além do mais, não passa pela minha cabeça gastar mais de mil contos com um par de sapato. mesmo porque, não é pro meu bico. mas, tava em casa, chovendo lá fora e duas crianças pequenas (dois e três anos) precisando gastar energia. então, com os respectivos pai e mãe das crianças e mais o auxílio luxuoso da bá, lá fomos nós. até que estacionar foi fácil. fomos para o estacionamento aberto, enquanto a torcida do flamengo se rumava à garagem. muito que bom. shopping com cheiro de tinta e um monte de loja ainda fechada, mas uma passada de olhos pelas que já estavam recebendo os clientes, entendi a propaganda feita. o tal shopping, ou pop, como diz a caroloca, foi construído pros ricos. na louis vitton uma turba de mulheres disputava bolsas. outras lojas de iguais cifrões também cheias. ficou claro para mim que eu estou longe de ser o público alvo. mas, como eu tenho mania de ser jornalista até no feriado, fui apurar. para uma gerente ou dona de uma loja, perguntei quais seriam as âncoras. ela citou uns quatro nomes. nenhuma de departamento. segundo a moça, as lojas populares, as riachuelos da vida, não foram autorizadas a se estabelecerem naquela paragem. bom..e como é um shopping dos endinheirados, resolvi observar o público pagante. para ser honesta, tinha muita gente normal, mas havia também dois tipos abomináveis. as patricinhas e os gays deslumbrados. as pattys conservam duas características bem peculiares. todas, mas todas de cabelo absurdamente esticado e elas não pedem licença. se querem passar, empurram. deve de ser porque não são acostumadas a serem contrariadas e quem eu penso que sou pra atrapalhar o caminho? eu que saia da frente para as cinderelas de chapinha passarem. os gays deslumbrados também não aprenderam o com licença e o desculpa. que nem tratores de esteira vêm vindo. esses, além da chapinha, se esforçam para bombar os braços e sacar as barriga. bom. resumindo a ópera, foi um extremo alívio quando consegui entrar no carro e me mandar e já que este templo não é a minha praia, é reconfortante saber que outros templos são, e é pra lá que eu vou!!!!

Um comentário:

  1. Lalá, isso é segmentação. O POPY tem uma proposta de valor específica para um público especíco. Cabe a nós decidirmos frequentar ou não ué.

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